Conheça a história do Glauber Rocha, o cinema da cidade do Salvador

Itaú anunciou fim de apoio, e Espaço Itaú de Cinema - Glauber Rocha será fechado

Publicado em 16 de setembro de 2021 às 19:37

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Praça Castro Alves, sem o Teatro São João. Com o Palace Hotel, Hotel Meridional, Prédio do Jornal A Tarde e o Cine – Teatro Guarany. Postal década de 1930 Parte da diversidade cultural baiana, tão lembrada no Brasil e mundo, pode ser sentida nas ruas da cidade do Salvador e especialmente no Centro Histórico. Nesse espaço carregado de história e cores destaca-se um ícone da vida cultural soteropolitana, lugar que homenageia um dos maiores nomes da sétima arte no Brasil, o cineasta Glauber Rocha. Nessa quinta-feira, 16 de setembro, foi anunciada a notícia do fechamento do Cinema Glauber Rocha pelo Banco Itaú. Nos últimos anos o Glauber, como era carinhosamente chamado, representava um dos mais importantes locais de encontros e da vida cultural no Centro Antigo da cidade. Mesmo sem o apoio do Itaú, Cláudio Marques e o sócio Adhemar Oliveira, responsáveis pelo espaço, afirmaram que tentarão manter o cinema vivo. Depois da tempestade da notícia é importante falar um pouquinho sobre a história do espaço e como ao logo de décadas o cinema virou o Glauber, o cinema de Salvador.  Lugar de encontros O Glauber está localizado em uma região de encontros, desde muito tempo atrás, antes do cinema existir. No passado era local de ocupação tupinambá, nos séculos XVI e XVII a região ficava na frente de uma das entradas para a cidade murada, então capital da América Portuguesa, onde fora instalada uma forca, segundo o engenheiro Caldas em seu prospecto, do século XVIII. Depois virou largo da Quitanda, Largo do Teatro, próximo de “cantos” das comunidades afro-baianas e finalmente Praça Castro Alves em homenagem ao poeta. No local e arredores durante o século XIX, existiram pousadas, cafés e até mesmo um pavilhão neoclássico em homenagem a visita de D. Pedro II em Salvador nos anos de 1850, onde hoje está o Cinema. A partir da segunda metade do XIX hotéis (como o Grande Hotel Paris e o Sul Americano), agremiações como a “Recreativa”, estúdios fotográficos, (como as dos fotógrafos Gaensly e Lindemann), cassinos e sedes de Jornais (Diário da Bahia e posteriormente o Jornal A Tarde, Hoje Hotel Fasano) tornaram-se destaque.

Clique aqui para ler a reportagem completa no Alô Alô Bahia.