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Donaldson Gomes
Publicado em 19 de outubro de 2022 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
Uma gestão pública inovadora pode tanto otimizar os serviços que são oferecidos para a população, quanto atrair investimentos para um determinador local. Nos últimos 30 anos, a Eslovênia, um país europeu de tamanho similar ao de Salvador, é um claro exemplo disso, demonstrou a brasileira Taiz Coe, que é coordenadora de parcerias e negócios na e-Residency na antiga república soviética. >
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Quando deixou a União Soviética na década de 90, a Estônia possuía toda a infraestrutura para o desenvolvimento tecnológico. “Herdou” um dos principais institutos de pesquisa do bloco socialista e tinha bastante mão de obra para a atuação na área, explicou Taiz Coe, direto de Talin, capital do país europeu. “Quem trabalha na indústria da tecnologia, trabalha com inovação já ouviu falar sobre a Estônia”, conta. >
Considerada a sociedade mais digital do mundo, possui apenas dois serviços públicos que não podem ser resolvidos à distância: o casamento e o divórcio. Todos os outros, inclusive o registro de nascidos pode ser feito online. A familiaridade com a digitalização faz com que atualmente 10% do PIB nacional seja do setor tecnológico. “Estamos falando do país que tem mais startups da Europa e tem uma legislação que atende o mercado digital”, explica. >
“Assim que se desvinculou da União Soviética, em 1991, o país começou a se organizar para a digitalização. As leis que já existiam passaram a prever questões relacionadas à tecnologia e as que foram criadas depois já surgiram atendendo esta demanda”, conta. >
O país é pioneiro no uso de ferramentas como o blockchain e desde 2010 já utiliza identidades digitais. “A ideia de defesa cibernética surgiu na Estônia. A digitalização se tornou algo tão forte que a empresa se tonou a professora de muitos países neste assunto”, destacou Taiz.>
Questionada pelo estudante Ricardo Cruz, Taiz destacou a grande quantidade de oportunidades oferecidas pelo país para estudantes da área tecnológica. “Tem muitos brasileiros, o país é bastante aberto, principalmente nesta área. Se quiser estudar aqui tem muitas oportunidades e os brasileiros são muito bem recebidos”, afirma. >
A administradora Camila Dalla, CEO da Suá Gestão e Inovação para Resultados, que foi a mediadora do painel sobre gestão pública, ressaltou o papel dos governos tanto nas definições das políticas, quando na inovação em si e na digitalização das suas ações. “A inovação tem o potencial de funcionar como um motor para a diversificação da matriz econômica”, acredita. >
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