O Ministério da Saúde abriu, na noite de quinta-feira (23), a consulta pública sobre vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid. Entretanto, antes das 10h da manhã desta sexta, o formulário online não permite o recebimento de mais respostas. Após finalizar as respostas, os cidadãos estão se deparando com uma mensagem dizendo que o "número máximo de pessoas já respondeu a este formulário".
A consulta pública foi aberta em uma plataforma de formulários da Microsoft, utilizada para coletar respostas a pesquisas. Segundo o site da empresa, o número máximo de contribuições nessa ferramenta é 50 mil.
Alguns minutos depois, o ministério publicou um novo "Formulário 2", onde foi possível novamente preencher o questionário.
A consulta deve ficar aberta até 2 de janeiro, a qualquer pessoa que quiser participar. O período foi aberto para que "sejam apresentadas contribuições, devidamente fundamentadas", de acordo com o texto publicado no Diário Oficial da União.
Conforme anunciado pelo ministro Marcelo Queiroga nesta quinta (23), o texto da consulta pública inclui a recomendação de exigência de prescrição médica para vacinação. A consulta acontece após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ter aprovado o uso de uma versão da vacina da Pfizer para aplicação nas crianças dessa faixa etária.
Desde o sinal verde da Anvisa, o ministro Queiroga afirmou diversas vezes que a autorização da agência não é suficiente para iniciar a vacinação. Disse que só teria uma resposta a partir de 5 de janeiro.
Perguntas da consulta
O formulário da consulta inclui perguntas sobre os pontos de vista defendidos pelo governo na questão da vacinação infantil. Veja exemplos de perguntas da consulta:
- "Você concorda com a não obrigatoriedade da apresentação de carteira de vacinação para que as crianças frequentem as escolas ou outros estabelecimentos comerciais?"
- "Você concorda que o benefício da vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos deve ser analisado, caso a caso, sendo importante a apresentação do termo de assentimento dos pais ou responsáveis?"
- "Você concorda que o benefício da vacinação contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos deve ser analisado, caso a caso, sendo importante a prescrição da vacina pelos pediatras ou médico que acompanham as crianças?"
- "Você concorda com a priorização, no Programa Nacional de Imunização, de crianças de 5 a 11 anos com comorbidades consideradas de risco para COVID-19 grave e aquelas com deficiência permanente para iniciarem a vacinação?"
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