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Donaldson Gomes
Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 04:58
- Atualizado há um ano
A intenção de consumos das famílias brasileiras atingiu agora em fevereiro o maior patamar nos últimos quatro anos , com um índice de 98,5%, e já se aproxima da zona de otimismo, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC). E aqui na Bahia os dados da Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou 103,4%, acima da média nacional e já na zona de otimismo, segundo o chefe da divisão econômica da CNC, Fábio Bentes.
O economista esteve ontem em Salvador, na apresentação das projeções econômicas para o comércio baiano, evento promovido pela Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-Ba). "Nós acreditamos que no cenário nacional, o quadro deverá atingir o nível de otimismo até o final do primeiro semestre deste ano. Na Bahia, as expectativas mais favoráveis se explicam por dois índices, o que mede as perspectivas profissionais e o de acesso ao crédito", explicou.
Apesar da recuperação nos dois últimos anos, o varejo nacional ainda está distante do pico de vendas. O volume de vendas registrado em 2018 ficou 12,3% abaixo do patamar anterior à crise, segundo Bentes. Na Bahia, o índice foi 20,5% menor. O cenário se refletiu na perda de 350 mil empregos no setor. "Nos últimos dois anos foram recuperados 100 mil postos de trabalho. Este ano, esperamos a geração de mais 100 mil", projeta.
Fábio Bentes acredita que a recuperação completa da economia vai depender dos ajustes nas contas públicas, o que passa pela aprovação da Reforma da Previdência. No setor privado, todas as condições para uma retomada mais intensa já estão postas, acredita. "O nosso problema é o setor público. Se o governo não conseguir aprovar a Reforma da Previdência, a única alternativa para fechar suas contas será o aumetno da carga tributária, o que abortaria uma grande retomada", projeta.
Para o presidente da Fecomércio-Ba, Carlos Andrade, o Brasil vive um momento de grandes expectativas, em que o setor produtivo está disposto a voltar a investir, mas espera uma sinalização do governo. Ele ressaltou a importância do evento para os empresários do comércio. "Para nós empresários é muito importante ter o assessoramento econômico correto para a nossa tomada de decisões", destacou.