Contra críticas à imprensa, Carla Vilhena diz: 'jornalismo não é entretenimento'

Jornalista da CNN desabafou por conta da acusação de que a cobertura da pandemia pela imprensa é negativa

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  • Da Redação

Publicado em 25 de março de 2021 às 23:42

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

A jornalista da CNN Carla Vilhena desabafou contra as críticas que jornalistas têm recebido na cobertura da pandemia. Ela falou sobre o papel da imprensa na cobertura da pandemia e lamentou o fato de que, apesar de um ano de pandemia, ainda não entenderam a gravidade da situação. "Eu acho que vou falar por mim e por todos os meus colegas. Temos recebido muitas críticas porque só falamos de morte, porque viemos todos os dias trazer números trágicos e não falamos do lado bom, de pessoas recuperadas. Eu estou aqui com Evandro, Leandro e Yuri na sua tela. O Leandro gosta de pagode. Não pode ir a pagode e não vai poder ir tão cedo. O Evandro quer visitar a família dele. Não vai poder ir também. Eu adoro ir à praia. O Yuri vai gostar de outra coisa. Todos nós estamos aqui sofrendo e é por isso que eu peço que você que está em casa preste muita atenção” A apresentadora se referia a uma matéria reproduzida na emissora que falava sobre a busca por uma vaga na UTI no Rio Grande do Sul. Carla disse que os jornalistas também estão sofrendo com a situação e disse que a missão da imprensa é repassar verdades, e não para agradar. “Você tem mais de 400 pessoas esperando por uma UTI no RS. Essas pessoas não estão esperando para chupar uma bala ou comprar pipoca, essas pessoas estão lutando pela vida, que é o significado da realidade que estamos passando agora. E nós aqui também estamos sofrendo, todos perdemos pessoas queridas e estamos querendo trazer aqui informações confiáveis. A gente não está querendo aqui pra agradar a você. Estamos aqui para trazer verdades. É isso que eu gostaria de abordar porque nós também estamos pressionados e nós também estamos desesperados com muita gente que não está conseguindo captar a gravidade da situação em que estamos vivendo”.