Contratações badaladas não engrenam e Bahia vive luta contra o Z4

'Nomes de peso' não atingiram a expectativa gerada no tricolor

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos: Felipe Oliveira/EC Bahia

O futuro do Bahia no Campeonato Brasileiro vai ser decidido nos próximos nove jogos. Essa é a quantidade de partidas que o tricolor tem até o final da temporada para tentar uma reação e se manter na primeira divisão. Atualmente, o time está dentro da zona de rebaixamento, na 17ª colocação, com 29 pontos. O Fortaleza, primeiro rival fora do Z4, tem 32. 

Terceiro técnico do Esquadrão na temporada, Dado Cavalcanti tem quebrado a cabeça para encontrar a fórmula para fazer a equipe voltar a jogar bem. No meio de todo esse processo, o que parece claro é que a tentativa de remontada não vai passar pelas principais contratações que o clube fez em 2020.

Aliás, os nomes mais badalados que desembarcaram no Bahia no último ano passaram longe de entregar o desempenho associado à expectativa. O principal deles é o meia Rodriguinho.

Com passagens marcantes pelo Corinthians e convocações à Seleção Brasileira, o meia de 32 anos foi contratado para ser uma das principais peças do elenco e recebeu a camisa 10. O início parecia promissor, com boas atuações e gols importantes na Copa do Nordeste, mas ficou devendo no Brasileirão.

Mesmo tendo sido titular em 15 dos 19 jogos que fez na Série A, Rodriguinho passou longe de render o esperado. Para piorar, o meia ainda foi atrapalhado por lesões e ficou um bom tempo fora da equipe. Quando voltou, perdeu espaço entre os titulares.

A última vez que o camisa 10 entrou em campo foi na derrota para o Flamengo, por 4x3, no Maracanã, dia 20 de dezembro. Ele saiu do banco e disputou apenas 10 minutos do confronto. Depois Rodriguinho ficou afastado das atividades por ter testado positivo para covid-19 e voltou a treinar ontem.

Ainda no ataque, outras duas peças também decepcionaram e se aproximam do final da temporada em baixa. Rossi e Clayson chegaram ao Bahia para serem titulares e com uma característica que chamava a atenção: foram líderes de assistências nos seus clubes anteriores, Vasco e Corinthians, respectivamente. O bom futebol e os passes para gol, no entanto, ficaram só na promessa.

A dupla nunca conseguiu manter a regularidade e se firmar no time. Enquanto Clayson marcou três gols e deu duas assistências em 43 jogos, Rossi precisou de 44 partidas para balançar as redes duas vezes e dar quatro passes para gol.

Nos últimos jogos tanto Clayson quanto Rossi têm figurado no banco, mas sempre entrando no decorrer das partidas da Série A.

Por sinal, o trio formado por Rodriguinho, Clayson e Rossi é responsável por parte considerável da folha mensal do elenco. No caso de Clayson, o Bahia fez ainda investimento de R$ 4 milhões para comprar 40% dos direitos econômicos do atacante junto ao Corinthians.

Só no nome Em 2020, o Bahia repetiu uma fórmula que parecia ter sido superada no clube e voltou a apostar nos chamados medalhões. Aos 35 anos, o volante Elias foi contratado no final de setembro com o aval do recém-chegado técnico Mano Menezes, com quem já havia trabalhado no Corinthians, no Flamengo e na Seleção.

Experiente, Elias passou a ser titular em pouco tempo, mas as apresentações em campo nunca corresponderam às expectativas. Ao todo ele disputou 16 jogos pelo clube, entre Brasileirão e Sul-Americana, sendo 11 entre os titulares. O volante acabou afastado do elenco logo após a demissão de Mano e, na última segunda-feira, rescindiu o contrato que se encerraria em fevereiro.

Outros dois jogadores que se encaixam no perfil (embora sem o mesmo peso de Elias) são Anderson Martins e Zeca. Enquanto o defensor tem alternado entre a titularidade e o banco de reservas, o lateral esquerdo não conseguiu se encontrar no Bahia.  

Contratado por empréstimo do Internacional em negociação que levou Moisés para o time gaúcho, Zeca apresenta no currículo passagens por Santos, o próprio Inter e o título de campeão olímpico com o Brasil nos Jogos do Rio-2016. Mesmo assim, nunca se firmou entre os titulares do Esquadrão e hoje é terceira opção, atrás do garoto Matheus Bahia, promovido das categorias de base.