Coração Partido: vale do pé na bunda é uma escola para você aprender a viver; assista

Existe a hora da sofrência e a hora da volta por cima, defende Edgard

  • Foto do(a) author(a) Edgard Abbehusen
  • Edgard Abbehusen

Publicado em 6 de setembro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Quando perdemos alguém que amamos a tristeza é inevitável. O nosso coração fica em pedaços. E é normal ficar triste. Eu tenho uma amiga que chama essa tristeza de “vale do pé na bunda”. É lá onde, segundo ela, ficam as pessoas que querem apreciar a própria bad. Ativar a aquela tal playlist ‘Coração Partido’. Ficar, talvez, sem comer o prato preferido.

E esse vale do pé na bunda também é uma escola. Quando passamos por experiências assim, vamos nos fortalecendo. Aprendemos que nada em vão. Tiramos lições. Entendemos que merecemos algo melhor ou que precisamos melhorar em alguns muitos pontos.

E uma hora as coisas chegam para o lugar e você percebe que acabar foi a melhor solução, afinal, coisas especiais precisam de espaço para acontecer. Insistir no que já não cabe mais, acaba empatando o rolê do destino.

Por isso o amor é lindo e não é único. Por isso amamos muito de formas diferentes em cada fase da nossa vida. Por isso somos capazes de ter vários amores na nossa vida. Pois somos resiliência e um conjunto de coisas que nos moldam quando rejuntamos o coração partido. O amor é lindo, não machuca ninguém. A carência machuca. Machuca muito. 

Machuca quando permanecemos em uma relação tóxica. Machuca quando, por medo de ser só, aceitamos qualquer coisa. Machuca quando queremos ficar muito tempo no vale do pé na bunda lamentando por uma história que acabou. ACABOU. Pronto. Curta o seu luto, sua playlist sofrência e não tenha dúvidas: VAI PASSAR. 

Um dia você acorda e percebe que é a hora de aceitar que existe um caminho. Vários caminhos. E você pode pegar a rota da sua felicidade quando quiser. Basta levantar-se desse vale do pé na bunda, sacudir a poeira e iniciar a sua volta por cima. Pode ser agora, se quiser. Já foi? Tem muita felicidade te esperando, viu?

*Edgard Abbehusen é escritor, compositor, redator, baiano, criador de conteúdo afetivo e  autor de livros; Ele escreve textos exclusivos aos domingos no site do CORREIO. Acompanhe Edgard no Twitter e Instagram