Coronavírus: Inadimplência atinge maior patamar em Salvador desde fevereiro de 2018

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  • Donaldson Gomes

Publicado em 17 de abril de 2020 às 04:59

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Covid em casa O endividamento de famílias em Salvador atingiu agora em abril o maior patamar desde fevereiro de 2018, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – PEIC, da Fecomercio-BA. Segundo o levantamento, 49,9% das famílias soteropolitanas possui algum tipo de dívida. A inadimplência – quando o cidadão não consegue honrar seus compromissos financeiros –, por sua vez,  subiu pelo quinto mês consecutivo e registrou 16,9% com 157 mil famílias que não conseguiram pagar a dívida até a data do vencimento. O atual patamar, contudo, é tecnicamente igual ao visto no mesmo período do ano passado, de 17%. 

Explicação Para o consultor econômico da Fecomércio-Ba, Guilherme Dietze, a alta dos dois indicadores tem relação com a pandemia do coronavírus. "As famílias estão enfrentando um enorme desafio, principalmente as que ganham até 10 salários mínimos. Para esse grupo, a taxa de endividamento está em 52%, enquanto para as famílias com renda mais elevada o percentual está em 27,4%”, explica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze. O economista destaca que com o cenário ainda imprevisível, as famílias com renda mais baixa estão perdendo as suas fontes de recursos, por causa da restrição de circulação, ou estão com medo de perder seus empregos. 

Principais dívidas O tipo de dívida mais frequente em Salvador é com o cartão de crédito, que atinge 89,3% do total . Segundo o Banco Central, o meio de pagamento tem uma taxa média de juros no rotativo de 292% ao ano. Em condições normais, Dietze explica que o ideal seria o consumidor buscar um crédito mais barato, como o crédito pessoal que tem uma taxa média de 40,2% ao ano. “No entanto, com o aumento do risco da inadimplência, os bancos estão tornando o crédito mais seletivo, o que tem limitado o acesso", explica. Quando o consumidor consegue, é com taxas de juros altas e menor prazo de pagamento, explica. Aqueles que tiverem condições de quitar suas dívidas, devem priorizar a solução e evitar que dívidas se tornem uma bola de neve, recomenda. 

Preços congelados O Carrefour anunciou o congelamento dos preços de 200 itens da sua marca própria como uma forma de garantir para os seus clientes preços mais acessíveis."Sabemos o quão delicado este momento é para todos e como isso pode afetar diversas pessoas financeiramente. Por isso, decidimos congelar os preços de nossos produtos Carrefour por 60 dias em todo o país”, disse Luis Moreno, CEO do Carrefour Varejo. A ação valerá em todos os estados e em todas as bandeiras da rede. Dentre as categorias com os preços congelados, estão: mercearia, açougue, frutas e legumes, higiene pessoal, entre outros.