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Corpo de delegada Emília Blanco é sepultado sob aplausos em Salvador

Colegas consideravam a veterana, que tinha 35 anos na corporação, uma professora

  • Foto do(a) author(a) Gil Santos
  • Gil Santos

Publicado em 31 de dezembro de 2021 às 14:30

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Marina Silva/CORRREIO

O corpo da delegada e coordenadora da Central de Flagrantes de Salvador, Emília Blanco, 71 anos, foi sepultado na manhã desta sexta-feira (31). Ela foi vítima de complicações provocadas pela gripe e morreu nesta quinta-feira (30). Delegados de diversas áreas e outros colegas de profissão estiveram no cemitério Jardim da Saudade, em Brotas, para se despedir da veterana e confortar a família.

A titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam/ Brotas), Bianca Andrade, contou que conheceu e se aproximou de Emília há dois anos, por conta do trabalho, mas que logo as duas se tornaram amigas. A seriedade com que Emília encarava a profissão deu à veterana ares de professora.

“Trabalhei cerca de três anos em Feira de Santana e quando vim para Salvador fui lotada na Deam de Brotas. Depois de seis meses assumi a titularidade e a partir de então tive um vínculo mais próximo com ela. Criamos uma amizade e ela era como uma professora. Eu dizia pra ela que um dia queria ter a firmeza, a sabedoria e a força dela. Foi uma perda muito grande pra mim, como pessoa e como profissional. A polícia está de luto”, disse. Emília atuou em diversas áreas da polícia (Foto: divulgação) O corpo deixou a capela C sob aplausos e foi sepultado com salvas de tiros. O delegado João Gaudêncio atua no departamento de inteligência da Polícia Civil da Bahia e trabalhou diretamente com Emília. Os dois eram amigos há cerca de 20 anos. Ele contou que Emília era uma pessoa intensa, agitada e muito exigente consigo e com o trabalho dos colegas, por isso, era considerada uma referência.

“Para uma pessoa que atua fora da atividade de polícia e que não consegue entender a dimensão do que é essa atividade, é difícil compreender o que é a relação interpessoal em uma instituição que lida com o que há de pior, com tudo aquilo que as pessoas não querem ver e que existe na sociedade. É uma atividade muito desgastante, então, ter no convívio pessoas que conseguem tornar isso mais leve e palatável é importantíssimo. Emília era assim, por isso era essa é uma perda muito grande para a polícia”, disse. Foto: Marina Silva/CORREIO Emília era casada e deixa três filhos e seis netos. Em nota, a corporação lamentou a morte da servidora e lembrou que ela era querida por todos onde passou e que deixou marcas entre os colegas. "A toda a família e amigos, a Delegada-Geral da Polícia Civil da Bahia estende as condolências e une-se no luto", diz a nota.

Carreira Emília Blanco iniciou a carreira na Polícia Civil em 1986, na Delegacia de Furtos e Roubos. Posteriormente, passou pela 6ª Delegacia Territorial (DT/Brotas), pela 12ª DT (Itapuã), pela 3ª DT (Bonfim). Ela também foi titular da Divisão de Controle de Hospedagem e Diversões Pública (DCHDP), da Delegacia de Homicídios. A veterana foi coordenadora do Centro de Documentação e Estatística (Cedep), chefe de gabinete da Secretaria da Segurança Pública e delegada-geral adjunta da Polícia Civil. Ela ainda assumiu a direção do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio e, em 2018, passou a coordenar a Central de Flagrantes, onde permanecia.