Corpo de jovem que se afogou em Amaralina é encontrado por bombeiros

Depois de 22h desaparecido, Renan Dias foi encontrado no local em que se afogou

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  • Wendel de Novais

Publicado em 30 de agosto de 2021 às 13:37

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O corpo do jovem Renan Dias, 24 anos, que tinha se afogado neste domingo (29) à tarde, foi encontrado pelas equipes de busca do Corpo de Bombeiros às 13h30 na região do Largo das Baianas, em Amaralina, onde o jovem estudante de farmácia tinha desaparecido depois de entrar no mar na companhia de um amigo para limpar areia do corpo. Ele, que não sabe nadar, estava no local jogando futebol com os amigos e foi surpreendido pelo agito do mar.

As buscas pelo jovem, que foram acompanhadas de perto por familiares e amigos, começaram às 16h de ontem e varreram o mar de Amaralina e também da região da Pituba, para onde o corpo poderia ter sido deslocado pela correnteza. No entanto, foi exatamente no local onde sumiu que Renan foi encontrado.

Abalado com a situação, Josias Paixão, 54 anos, que é marido da tia do jovem e tinha ele como filho, falou em alívio na hora que o estudante foi encontrado. "Encontraram ele, velho. Estamos aliviados, mas com o coração ferido, muito ferido. Agora, é tomar as medidas cabíveis, mas é um momento de muito sofrimento pra nós", falou ele, que ainda não sabe dizer quando e onde Renan deve ser velado e enterrado. 

A mãe de Renan, após a chegada do corpo, só conseguiu ficar do lado do filho na areia. Foi ela, inclusive, com outros familiares que notaram o corpo flutuando na água e apontaram para que os agentes do Corpo de Bombeiros pudessem encontrá-lo na água. 

Josias conta que, desde cedo, eles já estavam vendo algo na área da água onde o estudante foi encontrado. "Sim, tinha um tempo que eles estavam vendo algo. A mãe e os que ficaram com ela olhando. Eles apontando toda hora até que encontraram no lugar que eles estavam vendo", explicou.

Além da mãe, os tios que ajudaram a criá-lo, familiares e amigos, Renan deixa um irmão que estava no local e se mostrou muito abalado no momento em que o jovem foi encontrado. Familiares e amigos se abraçaram na tentativa de consolar uns aos outros. 

"Não tenho mais lágrimas" As últimas 24 horas foram de pura angústia para Simone Bonifácio, 47 anos, mãe do estudante. "Eu não tenho nem mais lágrima pra chorar, tá muito difícil. Tô desesperada! Se eu pudesse, entraria lá pra buscar o corpo do meu filho pra acabar com esse sofrimento, essa angústia. Mas, infelizmente, eu não posso. Só tenho como esperar e ter fé em Deus, que é quem tem segurado nesse dia", contou ela, visivelmente abalada e com olhos avermelhados pelo choro, pouco antes do corpo ser achado.

*Sob orientação da chefe de reportagem Perla RIbeiro