Correio de Futuro: candidatos fazem perguntas durante 2ª etapa de seleção

Representantes da Sotero Ambiental foram entrevistados por alunos de Jornalismo

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 29 de outubro de 2018 às 22:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Evandro Veiga/CORREIO
A editora-chefe do CORREIO, Linda Bezerra, apresenta programa a candidatos por Foto: Evandro Veiga/CORREIO

Quem vê um varredor fazendo seu trabalho nas ruas e avenidas de Salvador não imagina que ele percorre e varre 3,5 quilômetros a cada dia de atividade. São recolhidos ainda, todo mês, 90 mil toneladas de resíduos na cidade. Essas curiosidades foram faladas ontem, durante a segunda etapa do programa Correio de Futuro, que tem como objetivo aprimorar a formação dos estudantes de Jornalismo, revelar novos talentos e servir como um laboratório de inovação na busca de linguagens para plataformas multimídia.

Na etapa inicial, os futuros jornalistas responderam à seguinte pergunta: “Por que quero participar do programa Correio de Futuro?” e tinham 20 linhas para defender os seus pontos de vista. Cento e nove candidatos avançaram e, ontem, participaram da segunda fase, que foi dividida em dois desafios.

Primeiro, foram provocados pelas professoras Maria Ísis e Bárbara Souza a elaborar uma manchete sobre a entrevista coletiva com a Sotero Ambiental, patrocinadora do programa, que é realizado pelo CORREIO, em parceria com a Faculdade Social da Bahia. Depois, tiveram de escrever uma matéria de até dois mil caracteres sobre “Como deixar limpa uma cidade como Salvador?”, tema explorado pelo presidente da Sotero Ambiental, Marcelo Azevedo, e pelo diretor de operações da empresa, Carlos Neto.Cidade limpa é a que menos suja. Precisamos de um trabalho integrado entre a sociedade, que precisa tomar cuidados e descartar os resíduos da forma correta, e a empresa. Precisamos buscar alternativas para recolher aquilo que é descartado pela população e dar um destino correto”, comentou Azevedo.A etapa final do programa terá entrevista pessoal com os estudantes mais bem avaliados: a turma pode ter até oito participantes.Sempre buscamos inovação para manter a cidade limpa. Adaptamos veículos e criamos novos formatos de lixeira, como as subterrâneas. Mas todas essas ações dependem da população", diz Carlos Neto, diretor de operações da empresa.O diretor-executivo do CORREIO, Roberto Gazzi, destacou a importância do engajamento dos estudantes para além da sala de aula.“Passamos por uma eleição em que ficou clara a importância do Jornalismo de qualidade. A sociedade brasileira precisa estar bem informada sobre tudo e é preciso jornalistas profissionais, comprometidos com a apuração para realizar essa tarefa”, aponta Gazzi.Em um momento em que as mídias digitais estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas, o diretor destacou a importância dos jovens no jornalismo, por conta de sua maior familiaridade com a tecnologia.

Uma das candidatas, Vitória Croda, complementa dizendo que “nunca houve jornalismo sem tecnologia. Hoje isso é ainda mais forte, temos ferramentas digitais específicas para a profissão e acho que os jovens saem na frente na hora de utilizar essa tecnologia disponível”.

Vitória já está no sétimo semestre do curso de Jornalismo na Universidade Federal da Bahia (Ufba). Aos 21 anos, a jovem sempre sonhou em ser professora universitária e investiu seus esforços da graduação na área de pesquisa, mas ela decidiu procurar novos ares e encontrou no Correio de Futuro uma oportunidade de conhecer melhor a profissão.

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O programa Essa é a 13ª turma do Correio de Futuro, que começou em 2011. O programa, com duração de três meses, já produziu diversos conteúdos especiais para o jornal e site do CORREIO. Dos 122 alunos, 45% foram chamados para trabalhar no jornal. Outros foram para veículos como o Ibahia e a TV Bahia. Fernanda Lima, formada na última turma do programa, segue como estagiária no CORREIO. Para ela, o programa possibilita uma experiência multidisciplinar. “O Correio de Futuro, no final, é uma fase anterior e conjunta à prática que nos projeta para o dia a dia, sempre diferente, na redação. É como se, primeiro, recebêssemos as diretrizes e, depois, aprendêssemos a seguir sozinhos”, explica a estagiária.