CORREIO fatura prêmio internacional por melhor design e capa do ano

Jornal é destaque na categoria ‘Redesenho’ pelas novas edições de domingo, nas ruas desde 28 de abril, e melhor capa

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 14 de outubro de 2019 às 23:04

- Atualizado há um ano

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Desenhos e redesenhos são necessários para seguir em frente. E o esforço foi recompensado nesta segunda-feira (14), quando o CORREIO faturou o bronze da categoria “Redesenho” no ÑH19, extensão latino-europeia do Best of Newspaper Design, da Society for News Design (SND), um dos prêmios mais importantes das Américas quando o assunto é jornalismo.

O produto vencedor foi o novo jornal de domingo, projeto que está nas ruas desde o dia 28 de abril. Editora-chefe do CORREIO, Linda Bezerra não escondeu o orgulho ao saber do resultado. O jornal ainda foi premiado em outra categoria: a prata na seção de melhores capas, graças à edição “Um país que não aprende com seus erros”, na cobertura da tragédia de Brumadinho, ocorrida em janeiro deste ano.

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Integrante da Rede Nordeste, o jornal O POVO também foi premiado com a prata de melhor capa no ÑH19 devido à edição “Disputa pelo Legislativo. A eleição que ninguém vê”. O Nordeste teve dois dos três representantes brasileiros na premiação de melhor capa do ano. O outro vencedor foi o jornal Público, de Portugal.“Todo o mundo da redação participa desse projeto. É uma grande vitrine, um espaço onde os repórteres podem trazer ideias legais, os editores podem voltar a fazer matérias e tudo isso pensando em um leitor que gosta de ter um conteúdo diferente para consumir”, valorizou Linda.Desde abril, as edições de domingo valorizam design, histórias e buscam fazer um apanhado dos acontecimentos mais importantes durante a semana. Editora de Arte e uma das idealizadoras da mudança, Iansã Negrão avaliou que a decisão foi acertada.

“Esse prêmio é um grande diferencial. Utilizamos o design como uma ferramenta para o jornalismo e estamos nos consolidando cada vez mais como um jornal de capas fortes”, explicou Iansã.

Segundo Linda, os domingos não costumam ser um dia forte de notícias e normalmente o melhor para esse dia é ter conteúdo mais semelhante ao que se vê em revistas, por exemplo: matérias que despertam para leitura, debate e reflexões. O CORREIO encontrou nesse dia uma oportunidade para realizar grandes reportagens com assuntos mais aprofundados.“O dia a dia nos engole. Somos um jornal de notícias, então o nosso cotidiano é de notícias mais vivas e no domingo aprofundamos em alguns conteúdos. Dessa forma, oferecemos ao leitor algo diferente, com mais cuidado do ponto de vista do conteúdo e do design. Fazemos uma apresentação diferente e levamos conteúdo para toda a família: homem, mulher, criança, vovô… O nome ‘Entre’ tem a ver com isso. É um convite para algo mais especial”, avaliou Linda Bezerra.Nomes como Armando Alves (O Jogo, Portugal), Alessandro Alvim (O Globo, Brasil), María Heinberg (Argentina), José Kusunoki (TVN, Chile), Monica Serrano (National Geographic, USA), Yelitza Linares (El Pitazo, Venezuela) e Javier Uribe (Milenio, México) compuseram o júri dos 25 profissionais responsáveis por avaliar os 2.168 trabalhos inscritos de 112 veículos de comunicação distribuídos em 14 países.

A prata conquistada pelo CORREIO tem sabor de ouro já que nenhum veículo alcançou a qualificação necessária para ser premiado com ouro. O mesmo caso vale para o prêmio no Redesenho, onde o CORREIO ficou junto ao espanhol Magisterio e o mexicano Milenio - sendo o único representante da América do Sul a ser premiado.

"O prêmio nos diz que pensar juntos, sair do lugar comum e dar espaço para diferentes talentos sempre será parte da solução, seja qual for o desafio. É uma alegria fazer parte dessa equipe que 'redesenha' o jornalismo baiano", declarou Flávia.Integrante do Núcleo de Criação do CORREIO, Flávia Azevedo também participou da reformulação do jornal de domingo e afirmou que o prêmio tem um significado profundo, principalmente levando em consideração o "momento tão delicado para o ambiente da comunicação".

A editora Mariana Rios, que também integra o núcleo de Criação do CORREIO, comemorou a chegada do prêmio para o jornal de domingo. Ela ressaltou a importância do acesso às histórias, personagens e vidas baianas que, através de suas trajetórias, oferecem algum tipo de reflexão para os leitores do jornal.

"Repensamos a apresentação do conteúdo e design para convidar os leitores a uma experiência diferente do dia a dia. Só que o mais importante é que tudo isso seja em torno de pautas bem cuidadas, interessantes e que oferecem a possibilidade de reflexão", avaliou Mariana.

Editora de fotografia, Sora Maia comemorou o prêmio e apontou a satisfação pessoal de estar entre os profissionais de jornais e produtos jornalísticos sérios espalhados pelo mundo. Para Sora, ser avaliado positivamente por uma entidade de nível internacional é uma gratificação "sem precedentes" e, apesar de não ser a primeira vez da editora no pódio do SND, a alegria por ver um projeto novo sendo premiado deu um ar de ineditismo à comemoração.

Cotidiano O editor de economia, Flávio Oliveira, foi quem teve a ideia para a manchete de prata. Ele contou que a frase surgiu durante conversa com um amigo que trabalha em uma empresa subsidiária da Vale. No meio do papo, enquanto comentavam sobre o Brasil, ele falou que o país não aprende com os próprios erros - fazendo referência à tragédia de Mariana, em novembro de 2015.  A capa da edição “Um país que não aprende com seus erros” ganhou a prata na seção de melhores capas (Foto: Arte CORREIO) A frase ficou na cabeça e ele compartilhou com os colegas, já sabendo que a tragédia de Brumadinho seria a capa no dia seguinte. “O maior problema não está em errar. Isso é inerente a qualquer grupo ou ser humano. A grande tolice é não aprender com seus próprios erros e continuar errando. Foi mais ou menos por aí que surgiu a ideia”, refletiu Flávio.

Veterano Não é a primeira vez que o CORREIO é premiado pela SND. No ÑH18, do ano passado, o jornal faturou o ouro com a capa sobre o Aniversário de Salvador, em 29 de março, e também ganhou as medalhas de prata e bronze por outros dois trabalhos: Sono Tranquilo (reportagem publicada em 4 de junho de 2018) e 30 Mortos no Fim de Semana (capa da edição de 12 de junho de 2018).

Na edição de 2011, o CORREIO foi tricampeão do SND levando a melhor em três categorias.  

*Com supervisão da subeditora Tharsila Prates