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Covid-19: ventilação não invasiva pode ser usada em pacientes com complicações

Médico doutor pela USP argumenta que a Ventilação Não Invasiva (VNI) não exige internação em UTI nem de coma induzido

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  • Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2020 às 14:54

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Interfisio/Divulgação

Vantagens terapêuticas, redução de riscos de infecção hospitalar e de tempo de internação dos pacientes, além de mais rapidez na recuperação pós alta, são alguns aspectos que deveriam ser levados em conta antes da intubação. Pelo menos essa é a opinião do médico Cláudio Quadros.

Ele, que é doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo (USP) e professor do Curso de Medicina da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), defende a Ventilação Não Invasiva (VNI) como procedimento inicial no atendimento de pacientes de covid-19 com implicações pulmonares. O argumento, que também passa pela redução na taxa de ocupação dos leitos de UTI, ganha ainda mais força com os crescentes números de infecção por coronavírus no mundo, e as novas ondas em países que já haviam controlado o problema. 

“Vemos no Brasil a abertura do comércio e o retorno a uma quase normalidade nos espaços públicos, em boa parte das grandes cidades. Hospitais de campanha estão sendo desmontados, mas os números nacionais ainda são crescentes. De um lado, a população começa a relaxar, mas os governos, principalmente na região Nordeste do país, estão preocupados até mesmo com a falta de medicamentos necessários para as intubações nas UTIs, como sedativos e analgésicos, cujos estoques encontram-se em níveis críticos”, explica Quadros, que também é plantonista da Emergência do Hospital São Rafael, em Salvador.

Antes de se usar a ventilação mecânica, entretanto, o oxigênio pode ser oferecido por Ventilação Não Invasiva ou oxigenioterapia de alto fluxo. “Nessa modalidade, o paciente fica acordado, e apenas uma máscara é colocada em seu rosto, com o oxigênio sendo fornecido sob pressão ou com um cateter colocado no nariz, para uso de oxigênio em fluxo elevado. Não precisa de internação em UTI nem de coma induzido, e a ventilação é feita com um equipamento muito mais simples”, diz. 

O grande dilema da VNI, segundo o médico, é que  - embora haja consenso sobre a sua eficácia e melhor relação custo-benefício - sem a proteção necessária, ela pode expor profissionais de saúde e mesmo outros pacientes, já que o oxigênio sob pressão resulta em aerossóis, partículas propelidas que ficam em suspensão e podem contaminar todo o ambiente. Foi buscando uma solução para este problema que o médico baiano desenvolveu o sistema Bhiocovid. Trata-se de um equipamento de proteção e isolamento que permite segurança na contenção viral nos procedimentos de VNI ou oxigenioterapia de alto fluxo. 

Testado e aprovado pelos Departamentos de Química e Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos - UFSCar, em São Paulo, e pelo Centro de Biotecnologia e Terapia Celular do Hospital São Rafael, em Salvador. “O Bhiocovid é uma espécie de tenta blindada para o coronavírus, que pode ser instalada em leitos de enfermaria, em qualquer hospital do país, até nos de campanha. Seu uso demanda menos leitos de UTI, menos ventiladores mecânicos complexos, menos profissionais especializados em terapia intensiva e menos recursos, reduzindo sensivelmente a pressão sobre o sistema de saúde”, defende o médico.