Crossfit x lesões: não espere para procurar um profissional que possa ajudar

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Publicado em 15 de abril de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Ao ver vídeos e fotos na internet de praticantes de crossfit durante as sessões de treinos é mais do que natural imaginar que essa modalidade esportiva esteja relacionada a uma alta incidência de lesões do sistema articular e muscular. Entretanto, não é o que se observa na literatura mais recente e na prática clínica.

Ainda que o índice de atletas que procuram os serviços de saúde com lesões relacionadas ao crossfit tenha aumentado, isso não está diretamente ligado com a modalidade esportiva, e sim com o aumento do número de pessoas que procuram essa prática e isso naturalmente vai aumentar o número de pessoas expostas ao risco. Qualquer atividade esportiva está sujeita ao risco de lesão e isso é um fato. O mesmo ocorre com o futebol, pois é o esporte mais praticado no Brasil, e que apresenta um índice de lesão muito maior que o crossfit.

Entretanto alguns fatores precisam ser observados em relação ao aparecimento de enfermidades relacionados ao crossfit: de acordo com estudo realizado em 2017, as articulações do joelho, ombro e coluna lombar são mais acometidas, porém dos que lesionaram o ombro, 38% já apresentavam queixas antes de iniciar o crossfit; quanto mais anos de prática, maior carga e horas semanais em atividade, maior o risco de desenvolver lesões; prevalência maior em homens (31,9%) que em mulheres (20,6%); competidores se lesionam mais (40%) do que praticantes não competidores (19%).

Entendendo esses dados pode-se tecer algumas condutas e ajustá-las a sua prática. Antes, vale a pena pesquisar a presença de lesões antigas, disfunções biomecânicas e padrões de movimento equivocados.

Para isso, procure um fisioterapeuta esportivo, osteopata e ortopedista; ouça o seu coach (procure um profissional credenciado e capacitado): ele conhece as técnicas corretas para que você não tenha problemas na execução dos movimentos e evolua a carga sem complicações; não ultrapasse seus limites, o aumento exagerado da carga e intensidade serão seus piores inimigos. 

Mais uma vez, ouça seu coach: se pretende competir, tenha uma excelente base, encaixe-se na categoria adequada e vá em frente. Esses cuidados são importantes, pois todo e qualquer esporte de competição predispõe a um aumento no risco de lesões.

E o mais importante: não espere a leão aparecer para procurar um profissional que possa ajudar com a prevenção. Ao se submeter a uma atividade que exige muito dos músculos e articulações, um bom padrão de recuperação pode estar associado a um menor índice de lesões, portanto, uma alimentação compatível ao seu gasto calórico, descanso, recovery e principalmente seguir a planilha de treinos serão seus maiores aliados na luta contra lesões.

Saulo Souza é fisioterapeuta osteopata e instrutor de pilates.

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