Curtir, compartilhar, apagar e bloquear: O que as eleições podem ensinar à sua carreira?

Veja dicas para manter sua reputação profissional nas redes sociais sem deixar de expor suas ideias

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Ilustração: Morgana Miranda/ CORREIO

O que uma eleição marcada por polêmicas, polarização entre dois lados, com avalanche de fake news e discursos inflamados, tem a ensinar a sua carreira? Muita coisa. Inclusive sobre o que realmente vale a pena curtir, compartilhar e o que é preciso apagar e bloquear a fim de manter a sua imagem profissional positiva nas redes sociais (veja dicas abaixo).

Quem garante é a gerente executiva da empresa de consultoria Page Talent, Ariane Israel. “As eleições ensinam o valor do respeito à diversidade, a importância urgente do mundo moderno em acolher opiniões diferentes da nossa, e mais uma nova regra de ouro: o poder de influência para bem e para o mal das redes sociais”, destaca.

Ainda que o perfil seja seu e as ideias também, cada vez mais as redes sociais se tornaram para as empresas um canal para recrutamento e  acompanhamento do seus funcionários. “Não há problema algum em ter um perfil de ativismo político e crítica social. Enfim, a expressão é livre. As coisas começam a ficar ruins quando determinados temas das redes sociais passam a incomodar/ofender outros grupos. Por isso é necessário ter esse cuidado”, observa a especialista.

Guerra política

Cuidado que o comerciário Sandoval Antunes procura ter ao se colocar politicamente nas redes. “Não posto a minha preferência por nenhum candidato, mas sim pontos que defendem os direitos humanos”. Ainda assim, algumas vezes seu posicionamento extrapolou o ambiente virtual. “Cheguei a discutir com um colega no trabalho. Mas achamos o caminho para acalmar os ânimos e a discussão cessou”. 

Mais do que nunca, vale o respeito e o bom senso. Ariane orienta que entre os temas que merecem bloqueio estão as ofensas religiosas, apologia à violência,  racismo e homofobia. As páginas que praticam fake news também merecem ser apagadas.  “A checagem de informação deixou de ser um atributo só do jornalismo. Hoje, dentro de qualquer ambiente profissional, é preciso ter responsabilidade com o que é compartilhado”, diz. 

O que merece ‘like’ são os dados verdadeiros, além de apoios a causas sociais. “A melhor maneira é buscar uma postura de autodesenvolvimento e ponderação. É importante ler e se aprofundar em tudo, mas não é necessariamente relevante ou agradável querer falar ou criticar tudo e todos. Isso quase sempre gera desgastes”, garante. 

MERECE LIKE . Conteúdo que exprime suas verdades pessoais

. Páginas/pessoas/campanhas de opiniões diferentes da sua

. Páginas/projetos de causas sociais/ planetárias (não importa ideologia)

. Cultura, esportes, bem-estar, autoconhecimento (que tal aprender sempre?)

. Críticas sociais, denúncias e campanhas (que não ofendam ninguém)

. Marcas e empresas que você admira (não precisa seguir, mas vale a sintonia)

VALE COMPARTILHAR . Denúncias contra as fake news

. Vídeos ou textos de fontes confiáveis

. Páginas/projetos de causas sociais/ planetárias

. Campanhas de temas e dados verdadeiros (não importa ideologia)

. Grupos de estudo e eventos culturais (agenda de shows, palestras etc.)

. Serviços e informações que podem ajudar o próximo (não importa ideologia)

MERECE SER APAGADO . Páginas que praticam fake news (não importa de onde venham)

. Vídeos de conteúdo maldoso, racista e com ofensas pessoais

. Páginas/Pessoas que ofendem religiões (saia dessa, não importa sua crença)

. Postagens de "humor" para temas delicados (vale a pena ofender alguém?)

. Postagens antigas que não combinam mais contigo (essa reflexão é pessoal)

. Fotos/vídeos/memes que podem ofender colegas de trabalho (avalie de forma honesta)

MERECE BLOQUEIO  . Ofensa religiosa (não importa sua crença)

. Racismo de qualquer natureza

. Homofobia (leia sobre o tema)

. Machismo (leia sobre o tema)

. Links para download de conteúdo duvidoso e ofensivo

. Qualquer culto à violência