Da Lapinha até o Caboclo, cinco bares e restaurantes que valem a pena no 2 de Julho

Roteiro da Independência: do bar mais secreto até o que já é tradição, listamos locais que são pontos de gastronomia e cultura no circuito

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  • Priscila Natividade

Publicado em 2 de julho de 2022 às 07:00

. Crédito: Foto: Divulgação

Concentre na Lapinha. Suba o Carmo. Siga pelas ruas do Pelourinho, chegue na Praça Municipal. Não desista da caminhada. De lá, vá em frente até saudar o caboclo no Campo Grande e acompanhar de perto o desfile, que segue o som das fanfarras.   

De uma ponta a outra, liberdade para experimentar o que o centro da cidade tem, nos lugares por onde a independência da Bahia passou. Listamos cinco opções de restaurantes que valem (e muito) cada parada, desde um bar misterioso até o tradicional e conhecido Quintal. É 2 de Julho. Depois de tanto tempo sem cortejo e festividade chegou a hora de matar essa saudade.

1. Entre Folhas e Ervas @entrefolhaseervas 

Conhecido como o ‘bar secreto’, a porta de um casarão antigo no Largo da Lapinha leva a um lugar que surpreende quem visita. Nascido e criado no bairro que guarda memórias da Independência da Bahia, o proprietário do Entre Folhas e Ervas, Ylo DelRei de Sá Carvalho, conta que o espaço surgiu de um costume que tinha de receber os amigos no quintal de casa para fazer fogueira, pizza e peixe na folha de bananeira. 

“A Lapinha é o bairro em que nasci e amo”, afirma. De amigo em amigo, os achados de camarão (R$ 109) e polvo (R$ 129) se tornaram sucesso.“A base de pirão de aipim leva provolone maçaricado, mais os frutos do mar fritos com banana da terra caramelizada”.  Para visitar o Entre Folhas e Ervas  é necessário fazer reserva (Foto: Divulgação) Endereço: Largo da Lapinha, 15, Lapinha Funcionamento: das 12h às 16h30 e 19h às 2h. No feriado de 2 de Julho a casa funciona de 11h até as 2h da madrugada. É necessário fazer reserva. Contato: (71) 99327-8997 

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2. Malembe @malembesalvador

Espaço de respeito, identificação e resgate da negritude. O Malembe é mais um lugar que pulsa ancestralidade no centro da cidade.“O bar surge sob a batuta de quatro mulheres negras. Somos responsáveis pela carta de drinks autorais, assim como a gastronomia que nos traz referências da cozinha internacional, brasileira e africana, assim como também a promoção de eventos socioculturais”, afirma uma das idealizadoras, Milena Moraes. No 2 de julho vai ter samba no Malembe, a partir das 15h (Foto: Divulgação) Durante a passagem por lá, experimente a calabresa flambada na cachaça acompanhada de pão artesanal (R$ 29). 

Endereço: Ladeira do Carmo, 07, Santo AntônioFuncionamento: de terça a sábado, das 17h às 0h e no domingo, das 12h às 23h. No 2 de Julho vai ter samba, a partir das 15h.Contato: (71) 3242-0953 

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3. Roma Negra @romanegrasalvador

Para as proprietárias do Bar e Restaurante Roma Negra, Diana Rosa e Mônica Tavares, estar no Pelourinho é uma questão de representatividade. “Aqui bate o coração da nossa história”, defende Diana. O Mulenga – um efó com camarões na pasta de amendoim com gengibre e leite de coco, empalhado na Folha de Bananeira (R$ 60) – é um dos pratos que se destacam no cardápio, como acrescenta Mônica:“O Pelourinho precisou ser reconhecido por nós, pessoas pretas, como um lugar não só de lutas e mão de obra escrava. Ressignificamos para que aqui fosse palco da nossa arte, culinária, musicalidade e principalmente um lugar de expressão de fé”. O restaurante Roma Negra fica no Pelourinho (Foto: Divulgação) Endereço: Largo Cruzeiro de São Francisco, 7, Pelourinho. Funcionamento: de segunda a sábado, das 11h às 23h. No 2 de Julho, o local vai funcionar normalmente.  Contato: (71) 99147-0525 

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4. Bar Quintal Raso da Catarina @barquintalrasooficial

Tradição é tradição, e o Quintal Raso da Catarina completou 42 anos de boa vizinhança da praça onde o caboclo fez morada. No comando de um dos lugares mais conhecidos do centro da cidade, o proprietário e chef do lugar, Jorge Queiros assumiu a responsabilidade de manter o bar de pé há 30 anos.

“Aqui é um lugar de encontro, bate-papo, troca de ideias, da antiga boêmia”, afirma. Também é o “Sindicato da Cachaça” com 287 rótulos de vários lugares do Brasil e, inclusive, a original do próprio Quintal. Jorge garante que a cachaça é boa, mas não há quem resista ao baião sertanejo (R$ 52).“O carro-chefe muito conhecido e aplaudido é o baião sertanejo feito com o queijo coalho cozido com o feijão-fradinho. Por cima, vem o fumeiro desfiado feito artesanalmente no interior”.  O Quintal fica localizado no Campo Grande (Foto: Divulgação) Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1370, Campo GrandeFuncionamento: de terça a sexta das 17h às 23h. Sábado das 12h às 23h. Domingo e feriados das 12h às 17h. No 2 de Julho, excepcionalmente, o bar vai funcionar das 12h às 23h.Contato: (71) 99349-8009 

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5. Lar em Casa @laremcasarest

Tudo começou com o serviço de delivery na pandemia, até ganhar o espaço físico de um restaurante especializado em empanadas artesanais argentinas, ‘pero mucho’ democratizadas ao paladar baiano, como afirma a sócia-proprietária do Lar em Casa, Mila Fraga.“O nosso sabor de empanada mais pedido é o tradicional, recheado com alcatra, azeitonas e uvas-passas no tamanho grande (R$ 12). Porém, temos outros 10 sabores no cardápio, entre eles a empanada sertaneja com charque, banana da terra e queijo coalho”.  Estar no Campo Grande é se sentir rodeado de cultura e memória. “A praça, nosso Largo Dois de Julho, o Vila Velha, o complexo do TCA. É muito importante estar tão próximo dessas referências que consolidaram a história de Salvador e da Bahia”.  No 2 de julho, o restaurante vai funcionar até às 23h (Foto: Divulgação) Endereço: Ladeira da Fonte, 44, Campo Grande. Fica dentro do Armazém 44.Funcionamento: De quarta a sábado das 17h às 23h e aos domingos das 16h às 21h. No 2 de Julho, das 17h às 23h.Contato: (71) 98167-5813