Daniela lança disco, canta com Gerônimo e faz homenagens no Virada Salvador

Ao som de Pantera Negra Deusa, Daniela começou o show cantando o Ilê

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  • Priscila Natividade

Publicado em 1 de janeiro de 2020 às 22:13

- Atualizado há um ano

. Crédito: Tiago Caldas/CORREIO

O título de rainha não é por um acaso. Seja do axé, da diversidade ou da ‘balbúrdia’, Daniela Mercury representa. No último dia de Festival Virada Salvador na arena que leva o seu nome, a cantora comandou mais uma edição do Por do Som, em um show que homenageou os 35 anos do Axé, 70 do trio elétrico e o lançamento do seu novo álbum, Perfume, que chega as plataformas de música no dia 10 de janeiro. 

“Vou celebrar tudo isso no mesmo show para que a gente tenha em 2020, mais força ainda para seguir. Minha arte traz isso. Sempre dando mensagens de reforço para a gente falar do orgulho de ser o que é. Meu axé tem esse caminho afirmativo. Cada atitude é um reforço político”, disse antes de convidar seus súditos a entrarem 2020 com o pé direito. 

Ao som de Pantera Negra Deusa, Daniela começou o show cantando o Ilê. No repertório teve também sucessos que marcaram vários carnavais da rainha como ‘Rapunzel’, ‘Maimbê’ e ‘Swing da Cor’. “Eu canto hoje aqui a minha trajetória. É tudo que eu aprendi fazer e amo fazer na vida. Realmente, a alegria é uma revolução”, completou. 

E é essa mensagem que contagia fãs como a doméstica Jivânia Soares, de 42 anos, que acompanha a artista com o maior carinho desde quando Daniela cantava samba-reggae na banda Companhia Clic, lá nos tempos de ‘Pega Que Oh!’. 

“Eu cantava as musicas de Daniela para ninar meu filho, que hoje tem 26 anos. Ela respeita a diversidade como nenhuma outra cantora”. A psicóloga Jamile Conceição, de 25 anos, é mais uma seguidora fiel de Daniela: “Ela é foda. Toca o que você quer ouvir é a voz das mulheres. É o espetáculo inteiro”, disse.  (Foto: Priscila Natividade/CORREIO) Já antecipando o que vai ser o Carnaval da Rainha, a cantora trouxe ainda para o show, a versão com a batida do Olodum de Imagine, de John Lennon, além de encher a Arena com ‘Confete e Serpentina’, aposta de Daniela para a folia deste ano. “São músicas que dão ideia do que eu quero dizer nesse momento. E estas mensagens são muito claras”, destacou. 

Encontros A chuva caía de mansinho, quando Daniela dividiu o palco o cantor Gerônimo em É D’Oxum e ‘Lambada da Delícia’, relembrando os tempos de quando a artista era backing vocal do cantor. “Eu me sinto muito orgulhoso de fazer parte da vida dessa moça e agora estou feliz  e aqui comemorando isso com ela. Daniela faz tudo que faz com perfeição. Ela não deixa muito, nem pouco, faz o exato”, afirmou Gerônimo. 

Em quase 2h30 de show, Daniela Mercury mostrou por mais um ano porque o canto da cidade é dela e a arena, também: “Fico muito lisonjeada com toda essa homenagem. Sou mais uma das artistas que passem esse festival com amor e entrega total. E se a gente precisa ser resistência, a gente vai ser sempre”.