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Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 18:59
- Atualizado há 2 anos
Apaixonado por bonecos Transformers, Marcos Guilherme Brandão, 18, decidiu, ainda criança, que trilharia um caminho profissional pela Mecatrônica. Ao terminar o ensino médio, ingressou no curso técnico e, em 2018, ouviu falar, pela primeira vez, no torneio mundial de educação profissional, a WorldSkills (WS). No ano passado, se inscreveu na peneira regional e passou. Atualmente, treina ao menos oito horas por dia, visando a seletiva nacional, que poderá leva-lo a China. >
Marcos é um dos 13 estudantes que irão às competições nacionais pelo Senai, de onde sairá a delegação que vai representar o Brasil na WorldSkills 2021, torneio que acontecerá em Shangai, China. Os candidatos passaram por provas teóricas e práticas, compostas por sete etapas classificatórias e eliminatórias. “Nunca tinha participado de competições, mas vi que esta poderia ser uma oportunidade única na vida”, conta Marcos.>
Além da Mecatrônica, foram selecionados competidores regionais das ocupações Instalações Elétricas Prediais, Controle Industrial, Robótica Móvel, Tecnologia Automotiva, Logística Internacional, Tecnologia de Laboratório Químico, Computação em Nuvem, Segurança Cibernética e Tecnologia da Água. >
Na competição realizada em 2019, em Kazan, na Rússia, os estudantes Daniela Carneiro, Ítalo Gonçalves e Edmilson Souza conquistaram a medalha de bronze nas ocupações em que competiram (Química e Mecatrônica, respectivamente). Foi a primeira participação da Bahia no torneio mundial de educação profissional e o aproveitamento foi total. >
O Senai-BA decidiu investir mais recursos na competição e contratou os três vencedores para integrar o time que iria preparar a delegação baiana. Daniela, Ítalo e Edmilson participaram da avaliação dos novos participantes e orientam seus treinamentos. Junto com eles, o “veterano” Daniel Amaral, 27, que coordenou a delegação baiana na Rússia. Engenheiro elétrico, ele se formou no curso técnico em Mecatrônica e abriu caminho para os novatos, conquistando duas medalhas de prata para a Bahia nas Olimpíadas do Conhecimento, antigo torneio do Senai que precedia a WS. >
“Ter feito curso técnico antes da graduação fez da faculdade uma experiência muito mais completa, mudou minha visão de profissional. E, depois que passei a ensinar, adquiri outras habilidades que um bom profissional deve ter. Abriu meu horizonte. ”, explica Daniel. >
A olimpíada mundial de profissões técnicas reúne jovens qualificados de todo o mundo, selecionados em disputas de educação profissional. Apenas os melhores alunos das Américas, Europa, Ásia e África e Pacífico Sul disputam medalhas em modalidades que correspondem às profissões técnicas da indústria e do comércio. >
Para estar no time que vai disputar o torneio na China, no ano que vem, os baianos vão participar de competições nacionais, entre maio e agosto de 2019. Até lá, há várias metas a se bater, exigindo dos candidatos bastante dedicação e foco em treinamentos que envolvem teoria e prática diariamente. >
A WorldSkills é a maior competição de educação profissional do mundo. A última edição, realizada neste ano, em Kazan, na Rússia, envolveu mais de 1300 competidores de 63 países, em 56 modalidades. O Brasil ficou em 3° lugar no ranking dos países participantes. >