De olho na telinha, seja ela qual for

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  • D
  • Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Sempre fui muito ligado em consumir esportes, em seus diversos formatos: notícias, jogos, livros, filmes, equipamentos e prática. Sempre foi muito mais que um hobby e fiz dele minha profissão. É minha obsessiva paixão, desde que me entendo por gente. Lembro-me, quando adolescente, amigos e parentes recorriam a mim por informações de todos os tipos e eu as tinha sempre na ponta da língua.

Era um tempo sem internet e sem tevê a cabo. Basicamente, tudo que sabia vinha dos jornais e dos noticiários esportivos da tevê aberta. E me decepcionava muito porque eram raros os jogos transmitidos ao vivo (ou em videotape), de qualquer esporte. Tinha o Show do Esporte, na Bandeirantes, aos domingos, e que também tinha NBA às sextas-feiras. Uma vez ou outra partida, a Globo transmitia no meio de semana um jogo de futebol. No fim de semana, somente finais.

Escrevo isso porque realmente não sei como aquele ansioso e obsessivo jovem conseguiria sobreviver ao arsenal de transmissões disponíveis no cardápio de seu controle remoto dos dias de hoje. Aliás, pior (melhor) que isso, os eventos já superaram a barreira das tevês e hoje estão cada vez mais presentes na internet e aplicativos de celulares.

Com um conhecimento básico de internet, um inglês macarrônico e um pouco de dinheiro (pouco mesmo) é possível acompanhar quase de tudo por meio do computador ou de sua tevê a cabo. Posso assistir a todos os jogos dos meus queridos Los Angeles Lakers, no NBA League Pass, e o Montreal Canadiens, na NHL TV, ambos no meu celular, tablet, computador ou Smart TV. Nas últimas sete temporadas, todos os jogos oficiais de Real Madrid e Barcelona foram ao ar no Brasil, exceto por duelos da Copa do Rei (que puderam ser acompanhados na internet, em sites de streaming).

E ao passo que a tecnologia melhora e que se tem acesso mais fácil a ela, as transmissões se diversificam. Hoje, o Novo Basquete Brasil (NBB), a Superliga de vôlei, as confederações de atletismo e natação apostam no crescimento das transmissões online. Surfe e skate, novos esportes olímpicos, também abusam da internet para autodivulgação.

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) transmite todos os campeonatos brasileiros de natação na TV CBDA (com narração, comentários e reportagem). No atletismo, todos os eventos da CBAt são transmitidos no Facebook, inclusive clínicas. 

A maior parte das federações internacionais de esportes menos populares, como a canoagem, por exemplo, tem canais próprios e com sinais abertos para suas competições. E em ano olímpico, fica mais fácil de conferir os favoritos e a luta pelas últimas vagas brasileiras em Tóquio-2020.

Muitos reclamam que há um excesso de exposição e de informações, e que o que é consumido termina sendo um produto de baixa qualidade. Contudo, em geral, não é. Cada vez mais clubes, associações e federações investem em equipes profissionais para a realização das transmissões. Quanto ao duelo quantidade x qualidade, basta apenas mudar o canal, a URL ou ir in loco aos estádios e ginásios. Qualquer que seja sua opção, quem ganha é o esporte (e você).

Luiz Teles é jornalista e escreve às terças.