Defesa de mulher detida por xingar Bolsonaro alega ‘grave estresse’ devido ao trânsito

As ofensas ao presidente teriam sido ainda alimentadas pela experiência profissional da mulher, que atua na área de saúde

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 20:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Alan Santos/PR/Arquivo

Os advogados de defesa da mulher que foi detida após xingar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Via Dutra, em Resende (RJ), no sábado (27), alegam que ela o chamou de “filho da puta” em um momento de "grave estresse em decorrência do engarrafamento".

Ela estava em viagem com a família para a cidade de Aparecida quando viu o presidente acenando para motoristas na rodovia Presidente Dutra. Segundo o boletim registrado pela equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que fazia a escolta, o próprio Bolsonaro determinou a abordagem da mulher que o ofendeu.

Os advogados Marcello Martins dos Santos e Luiz Augusto Guimarães ainda afirmam que a fala da mulher de 40 anos, que é uma profissional da saúde, foi também alimentada "por tudo que enfrentou em sua vida profissional durante a pandemia", segundo ela mesmo relatou. As informações da nota da defesa foram divulgadas pela Folha de S. Paulo.

Sobre a acusação de que ela teria utilizado a expressão "noivinha do Aristides", como tem sido divulgado nas redes sociais, os advogados afirmam que é falsa, sua cliente nunca teria dito tal coisa.

Segundo publicações nas redes sociais, a mulher teria chamado Bolsonaro de "noivinha do Aristides", em referência a um apelido que ele teria recebido durante seus anos na ativa do Exército.

"Sua expressão de indignação ocorreu de forma espontânea, como ocorre diariamente no país que se encontra severamente polarizado. No momento ela está muito apreensiva e temerosa devido a repercussão do caso, sobretudo porque lhe foram atribuídas palavras que ela nunca mencionou", conclui a nota da defesa.