Dentista assassinada teve o carro seguido pelos criminosos no IAPI

Corpo de Rita será cremado nesta quinta-feira (13)

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  • Bruno Wendel

Publicado em 13 de junho de 2019 às 13:10

- Atualizado há um ano

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(Foto: TV Bahia/Reprodução) A dentista Rita de Cássia Guedes Fernandes, 59 anos, assassinada no final da tarde desta terça-feira (11), no bairro do IAPI, teve o carro seguido pelos criminosos que estavam em outro veículo. A informação foi confirmada ao CORREIO nesta quinta-feira (13) pelo delegado Adailton Adam do Departamento de Crime contra o Patrimônio (DCCP), responsável pela investigação.

Uma das imagens que estão em poder da polícia mostra o momento em que o Ford Ka prata de Rita era acompanhado por um VW Fox prata, usados pelos bandidos. “Na imagem dá pra ver a movimentação dos veículos, mas não dá para ver a quantidade de ocupantes do Fox prata, pois a câmera só mostrar o teto dos carros. Mas dá pra ver nitidamente que o carro da dentista era seguido”,  destacou o delegado que ainda está checando as imagens que foram coletadas até agora pela investigação.O corpo de Rita de Cássia está sendo velado no Cemitério Bosque da Paz, na Estrada Velha do Aeroporto. O enterro está marcado para às 16h30 desta quinta-feira (13). 

Segundo o delegado apesar de as imagens não mostrarem o momento do disparo, testemunhas relataram que pelo menos dois homens abordaram a vítima. “Disseram que, logo após o disparo, eles saíram andando e entraram no Fox e fugiram para a Avenida San Martin”, contou o delegado.

O crime aconteceu entre 16h30 e 16h40 – 16h49 foi quando Rita de Cássia era socorrida pelo Polícia Militar. De acordo com o delegado, ela teria usado um aplicativo de tráfego que informa sobre as condições do trânsito em tempo real para evitar um engarrafamento.

“Estamos vendo se ela fazia esse percurso constantemente. O local [Rua Professor Moura Bastos] é todo esburacado. Por isso ela fazia o deslocamento em baixa velocidade”, explicou Adailton Adam.

O crime A dentista foi abordada na Rua Professor Moura Bastos, próximo à localidade da Divineia, no IAPI, depois que deixou o ambulatório do Hospital Ana Nery, na Caixa D'água, onde trabalhava havia pouco mais de um ano.

Baleada por um tiro no peito, Rita conseguiu dirigir até a Avenida San Martin, onde foi socorrida por uma viatura da 37ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Liberdade), que passava pelo local.

Rita chegou a ser levada pelos militares para o Hospital Ernesto Simões, no Pau Miúdo, mas não resistiu aos ferimentos. A vítima também trabalhava no ambulatório da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro do Canela. A reportagem esteve no local, na noite desta quinta-feira, mas os funcionários disseram que preferiam não comentar o crime.

Desviou caminho Sem se identificar, uma colega de Rita contou ao CORREIO que a vítima, com quem trabalhava no Ana Nery, não costumava pegar aquele caminho.

"Não estava com ela antes dela sair, mas ela chegou a comentar com colegas nossos que ia olhar pelo aplicativo um caminho melhor, pra desviar do trânsito", se limitou a dizer a mulher, acrescentando que Rita trabalhava no local há pouco mais de um ano.

A reportagem procurou a Sesab, que não retornou o contato.