Denunciado por improbidade, vereador Trindade vira réu sob acusação de dano ao erário de R$ 5 milhões

Por Jairo Costa Júnior

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  • Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O vereador José Trindade (PSL) virou réu em uma ação civil de improbidade administrativa movida em 2 de abril pelo Ministério Público da Bahia, por causa de irregularidades em contratos publicitários da Câmara de Salvador quando era diretor administrativo-financeiro da Casa. Líder da bancada de oposição até o início deste ano, Trindade, outras três pessoas e mais três empresas foram denunciados pelo MP no último 2 de abril, sob a acusação de dano ao erário. Além do vereador oposicionista, também é réu na mesma ação o ex-vereador Valdenor Cardoso, que foi presidente da Câmara de 2005 a 2008, durante a primeira gestão do então prefeito João Henrique.

Chuva de milhões Na ação, de autoria da promotora de Justiça Márcia Câncio Santos Villasboas, o MP acusa José Trindade, Valdenor Cardoso e os demais réus de provocarem um prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos. De acordo com o MP, ambos autorizaram ilicitamente dois aditivos para agências de publicidade em 2007 e 2008.

Lista de pedidos À Justiça, o MP pede condenação  do vereador  José Trindade e dos demais réus por improbidade administrativa, além da suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios e incentivos fiscais. A promotora Márcia Câncio Villasboas requer ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Trindade, bem como a indisponibilidade dos bens de todos os sete denunciados. Do total do ressarcimento, no valor de R$ 7,5 milhões, o MP solicitou o bloqueio conjunto de R$ 5 milhões do vereador e do ex-presidente da Câmara Valdenor Cardoso.  A ação está conclusa para despacho na 5ª Vara da Fazenda Pública de Salvador.

Fala, Trindade! Procurado pela Satélite, o vereador José Trindade disse não ter conhecimento sobre o processo e garantiu que ainda não foi notificado pela Justiça. “Desconheço sobre o que é essa ação. Por isso, só poderei me pronunciar de forma detalhada após ter acesso ao conteúdo, mas todos os contratos quando eu era diretor administrativo-financeiro da Câmara ocorreram dentro da legalidade e em respeito à Lei das Licitações. Certamente, houve erro”, alegou.

Outra versão Sobre a nota “Cadê você?”, publicada ontem, o deputado federal Afonso Florence (PT) disse que se ofereceu para ser testemunha do ex-presidente Lula no processo da Lava Jato sobre o sítio de Atibaia e negou que o juiz Sérgio Moro ainda espere resposta sobre a data para que ele deponha. Garante também que enviou memorando no qual definiu 20 de julho como data da oitiva. “Ou seja, a nota é infundada”, afirma.

Como assim? No sistema eletrônico da Justiça Federal do Paraná, não há documento em que Florence fixa data para ser ouvido por Sérgio Moro, ao contrário dos demais parlamentares arrolados como testemunha de Lula e diferentemente do que alega. Em 7 de maio, a equipe de Moro reiterou, via e-mail, o pedido para que ele diga quando quer depor.

PílulaOlho no lance - Integrantes da força-tarefa da Lava Jato preparam uma nova ofensiva na Bahia para breve. O alvo será um cardeal da proa do PT no estado.Minha denúncia foi contra todos os shoppings centers de Salvador. Essa é a primeira vitória Eduardo Salles, deputado estadual do PP, ao comemorar a decisão judicial que determinou a suspensão da cobrança de estacionamento para funcionários e terceirizados que trabalham no Salvador Shopping