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Só em 10 anos, foram sete partidos diferentes no currículo
Luan Santos
Publicado em 12 de maio de 2019 às 06:30
- Atualizado há um ano
Aos 82 anos e em seu décimo mandato, um deles como suplente, Jurandy Oliveira tem no currículo nada menos do que passagens por 16 partidos. Advogado, professor e pecuarista, ele, que é o mais velho entre os deputados baianos, se formou em direito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) em 1969 e, dois anos depois, conquistou seu primeiro cargo eletivo, o de prefeito de Ipirá, pelo MDB, sua primeira sigla.
Desde então, passou pelos extintos Arena e PDS, pelo qual conquistou, em 1983, seu primeiro mandato para a Assembleia Legislativa. Quatro anos depois, foi reeleito pelo também extinto PFL, no qual ficou por seis anos. No intervalo de dez anos, entre 1993 e 2003, foram sete partidos diferentes no currículo: PDC, PP, PSC, PSDC, PST, PTdoB e PL.
Depois o decano ainda passou por PDT, PRTB e PRP, legenda pela qual ficou mais tempo: foram sete anos, entre 2009 e 2016. Desde então, acumulou passagens por PSL e Pros até voltar ao PP.
Ipirá, cidade onde ele nasceu e foi prefeito por duas vezes na década de 1970, continua sendo seu principal reduto eleitoral. O município deu a Jurandy 11.439 votos no ano passado - equivalente a quase 25% do total 47.432 sufrágios recebidos por ele.
Entre as propostas e bandeiras, Jurandy tem um leque grande. Seus 36 projetos de lei apresentados na última legislatura contemplam propostas para áreas como saúde, defesa do consumidor, combate à seca e fome e violência contra a mulher.
Após ser reeleito, Jurandy chegou a entrar na corrida pela presidência da Assembleia, pregando que a história o credenciava. Contudo, não conseguiu aglutinar apoios e desistiu da disputa. Há quem diga que ele preferiu a tranquilidade de seu gabinete à dor de cabeça da presidência.