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19 motocicletas foram furtadas do pátio do Detran local, em troca de pagamento
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2018 às 12:00
- Atualizado há um ano
O Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) exonerou o coordenador da da 8ª Circunscrição de Trânsito (Ciretran), Ítalo José dos Santos Souza, e o supervisor de inspeção da unidade, Jair dos Santos Santana. Eles são acusados de fazerem parte de um esquema criminoso que consistia na liberação de documentos falsos, subtração, venda e receptação de veículos depositados no pátio da unidade, localizada em Juazeiro, no norte do estado.
Eles foram presos preventivamente e denunciados pelo Ministério Público (MP) por organização criminosa e corrupção passiva. Os despachantes Jaisson e Souza e Juracy Macena dos Santos; o funcionário público Gedeon Gonçalves dos Santos e o motorista Mardônio Alves de Sousa também foram denunciados pelos mesmos crimes. Eles tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas se encontram foragidos.
Uma sindicância da Corregedoria Geral do Detran-BA auxiliou a Polícia Civil na operação que desmontou, neste mês, o esquema de fraudes. As investigações apontaram a falsificação de documentos e liberação irregular de veículos.
O Detran informou em nota que a Corregedoria do departamento colabora com o MP no caso e reforçou a fiscalização na atuação dos servidores em 37 Ciretrans espalhadas pelo interior. “Estamos vigilantes a qualquer tipo de desvio de conduta, que será amplamente investigado e punido rigorosamente, na esfera administrativa, com o respectivo encaminhamento às autoridades policiais”, afirmou o diretor-geral do Detran, Lúcio Gomes.
Conforme a denúncia, o coordenador Ítalo José Souza comandava a organização criminosa, que contava com a atuação de despachantes para obter vantagem patrimonial indevida, por meio da subtração de automóveis do interior do próprio órgão e da emissão de documentos públicos falsificados, cobrando valores em troca dos veículos.
Cerca de 19 motocicletas chegaram a ser furtadas do pátio do Detran local, em troca de pagamento no valor entre R$ 300 e R$ 400. Segundo a denúncia, um veículo também foi negociado ilegalmente pela organização criminosa pelo valor de R$ 2 mil. Ítalo Souza e Gedeon Gonçalves também foram denunciados por peculato, falsificação de documentos públicos e por inserir dados falsos em sistema de informações.