Dia das mães: 'Sou mãe de Pet e não tenho planos de ter filhos humanos'

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  • Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Guenta, coração! A coluna de hoje traz três depoimentos de fazer qualquer cabra retado se derreter.  Em homenagem ao Dia das Mães, a jornalista Carmen Vasconcelos, a empresária Cátia Milena Santos e a pedagoga Andréa Pessôa falam do seu orgulho de serem mães de pet e de se sentirem completas assim. Um dia até consideraram a possibilidade de ter filhos humanos, mas, hoje, o seu sentimento materno é todo direcionado para suas filhas de quatro patas. Luni, Bela e Belinha preenchem as vidas dessas três mamães com muito amor e alegria. Pra que mais, né?

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1 - Carmen Vasconcelos, jornalista, 46 anos, mãe de Luni

“Só mais uma forma de amar e de ser mãe” Carmen e Luni moram juntas, só mãe e filha (Foto: Divulgação) “Eu sou mãe de bicho desde que eu tinha dois anos de idade. Tem uma foto lá em casa, daquelas que se tirava de criança, que eu tô com um gato no meu colo. Já fui mãe de vários. Em janeiro de 2012, eu perdi uma cadelinha que já tava há 13 anos comigo. Eu tava de luto, não queria outro cão. Mas, meu companheiro na época me levou para visitar um canil de buldogues campeiros, só para conhecer a raça. Quando chegamos, vimos uma cadela com oito filhotinhos. A mãe era muito dócil e deixou a gente se aproximar. Brinquei com os filhotinhos e, ao fim, coloquei todos na caixinha. Acontece que um dos filhotinhos pulou da caixinha e veio atrás de mim. Esse filhotinho era Luni. Fiquei encantada, mas voltei para casa. Só que a dona do canil estava com alguma dificuldade financeira e desesperada para se livrar dos cachorros. Ela me ligou insistindo muito. Ainda bem! Acabei ficando com Luni. Luni sempre recebeu amor de mãe (Foto: Divulgação) Ela chegou com 40 dias de nascida e dormiu na minha cama. Agora com 7 anos continuamos assim: dormindo juntas, agarradas e companheiras. Terminei meu relacionamento e ela segue sendo minha parceira, minha filha. Hoje moramos nós duas. Nunca desconsiderei a possibilidade de ser mãe de humanos.Durante um tempo pensei em adotar uma criança. Nunca tive a necessidade de ter descendentes biológicos. Tem muito ser humano precisando de afeto. Mas, hoje, Luni me completa.A gente tem essa função de cuidar, de oferecer amor, de ser mãe de pet. E o fato de ser uma vida não humana não quer dizer que seja menos valorosa. É só mais uma forma de amar e de ser mãe”.

2 - Cátia Milena Reis Santos, empresária, 38 anos, mãe de Bela

“Não nasceu de mim, mas nasceu pra mim. Ela me completa!” Milena e Bela: da 'gestação' ao amor incondicional (Foto: Divulgação) “Bela chegou na minha vida em um momento bem triste. Eu tinha perdido minha mãe, que era minha melhor amiga e, como costumava dizer, era também a minha filha. Já tinha pensado em ter um cachorro e, de uma hora pra outra, eu disse: ‘Eu preciso ter um cachorro’. Resolvi procurar pela Bela. Eu já sabia que o nome era Bela. Ela chegou para mim como 47 dias. Antes  de ela chegar, me preparei muito. Pesquisei, estudei tudo o que você possa imaginar. Li matérias, assisti vídeos no YouTube, preparei a casa para a chegada dela. Foi a gestação, sabe? Isolei tomadas e fios, estudei sobre como ensinar a fazer xixi no lugar certo, enfim. Só essa preparação já me fez bem. Bela chegou e despertou o amor materno de sua tutora (Foto: Divulgação) Quando ela chegou, nasceu o amor. Um amor que eu não conhecia, que eu não imaginava que era possível de existir.Eu digo que ela é meu anjo. Ela veio e preencheu o nosso lar. Eu meu esposo somos apaixonados por Bela. Tentamos ter filhos humanos, mas acabou não acontecendo. Lidamos muito bem com isso. Bela preenche meu tempo, traz alegria. É amor de mãe, é incondicional. Abro mão de qualquer coisa para ver ela bem. Não nasceu de mim, mas nasceu para mim. Ela me completa. É meu amor, a minha filha”.

3 - Andréa  Fonseca Pessôa, Pedagoga, 43 anos, mãe de Belinha

“Amor de outras vidas" Andréa e Belinha: 'Nasci para ser mãe' (Foto: Divulgação) "A minha história como mãe da Belinha é de outro mundo. Sou de São Paulo, faz três anos que conheci meu marido em Salvador e vim morar aqui. A Belinha não era minha, era da minha enteada, filha do meu marido. Ela viveu dez anos com eles. A filha dele é uma jovem que gosta de sair e viajar. A Belinha vinha sempre passar o final de semana com a gente para suprir a necessidade da filha do meu marido, que pedia pra gente ficar com ela. Em novembro de 2016, a Belinha veio passar o feriado do dia 15 conosco porque a outra mãe foi viajar. Quando ela voltou de viagem, veio conversar comigo: ‘Andreia, eu vou reformar meu apartamento e não tenho condições de ficar com a Belinha. Você pode ficar uns dois, três meses com ela?’. Eu falei: ‘Claro que posso!’.

A Belinha sempre foi muito apegada ao meu marido, não tinha tanto vínculo comigo. Nesses dois, três meses, tudo mudou. Ela teve doença do carrapato, precisou castrar por causa de um líquido no útero e enfrentou doenças de pele. Comecei a cuidar dela como se fosse minha filha. Os três meses se tornaram um ano. Um amor enorme cresceu em mim por ela e nela por mim. Um amor de outras vidas, sabe? Belinha supre todas as lacunas de Andréa (Foto: Divulgação) Depois de um ano, a filha dela veio pedir a Belinha de volta. Eu falei para ela: ‘Olha, sinto muito, mas eu não devolvo a Belinha’. Meu marido ficou em uma saia justa danada. Conversamos com ela, alegamos que Belinha já era velhinha e precisava de um acompanhamento especial. Ela topou e eu fiquei com a Belinha. A Belinha é uma filha pra mim. Minha filha de quatro patas. Eu nasci para ser mãe. Não tive filho no primeiro casamento, meu marido não queria.Agora, no meu segundo casamento, sabemos que já temos uma certa idade. Tenho 43 anos e meu marido é 20 anos mais velho. A Belinha supre todas essa lacuna.A Belinha preenche meu tempo e a minha vida. Eu faço para ela tudo o que eu posso fazer. Beijo ela o tempo todo. Ela dorme na minha cama, comigo e meu marido. Ela é muito carinhosa e muito parceira. Meu marido sente ciúmes e diz: ‘Nossa, se eu fosse tratado como a Belinha eu tava bem’. Ano passado ela retirou um câncer de mama e operou a coluna. Fiquei três dias trancada no quarto com ela sem deixar ela se mexer. Recomendações médicas. Eu só saía para tomar banho e deixava minha secretária com ela. Hoje ela tá ótima! Todo dia quando eu chego em casa, ela chora de alegria. Eu falo: ‘Mamãe já tá aqui’. Eu não sei como é o amor de mãe por um filho que é gerado por ela. Mas, penso que deve ser a mesma coisa".