Do teatro ao pagodão: conheça pessoas que lutam pelos direitos LGBTQIA+ em Salvador

Nas ruas e nos estádios, a capital baiana sempre foi um território de disputa por visibilidade e respeito

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  • Monique Lobo

Publicado em 29 de março de 2021 às 19:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Sidney Haack/Arquivo CORREIO)

Quando pensamos na luta pelos direitos LGBTQIA+, a Revolta de Stonewall é, sem dúvidas, um marco histórico. Foram dias de manifestações contra a opressão policial da cidade de Nova York que tiveram início em 28 de junho de 1969, com uma invasão da polícia ao bar Stonewall Inn. Nesta mesma época, por aqui, passávamos pelo endurecimento da ditadura militar. Se em outros países o cenário era de forte ebulição social, aqui no Brasil esses movimentos eram silenciados.

Porém, em Salvador, o teatro se tornou um local para dar vazão a todo esse potencial de contestação. Entre as décadas de 60 e 70, dramaturgos soteropolitanos ou radicados na cidade fizeram dos palcos um espaço “de liberdade, de visibilidade de corpos travestis, de corpos e experiências homossexuais”, como explica o Kleber Simões, historiador, professor da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e doutorando pelo programa multidisciplinar em Cultura e Sociedade da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Nomes como Di Paula, Plínio Marcos, Alvinho Guimarães e Deolindo Checcucci são alguns dos que representam esse movimento de insurreição. 

Os palcos não eram, no entanto, os únicos lugares de resistência. Ainda no mesmo período, uma figura que rompia com os padrões da época circulava pelas ruas da capital baiana:  Floripes, a primeira travesti assumida de Salvador de que se tem notícia. A “alegria da cidade”, como era conhecida, vez ou outra precisava mostrar outros atributos para se defender de ofensas. “Ela reagia e mostrava um lado mais violento quando alguém passava dos limites”, revela Adson Brito, professor de História e psicólogo, que mantém o grupo ‘Salvador tem muitas histórias!’ no Facebook.

A década seguinte, os anos 80, foi marcada pela organização do movimento de luta pelos direitos LGBTQIA+. Em fevereiro de 1980, inspirado pelo SOMOS, o primeiro grupo de afirmação homossexual criado no país, Luiz Mott e outras 16 pessoas deram início ao Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga associação de defesa dos direitos humanos dos homossexuais em atividade no Brasil. “Quando fundamos o grupo tínhamos medo. No primeiro documento que publicamos e distribuímos em Salvador, não colocamos o local onde nos reuníamos com medo de algum tipo de repressão”, recorda Mott, antropólogo, professor titular aposentado da Ufba e fundador do GGB.

A virada do século trouxe, também, uma intensificação na ocupação dos espaços. A luta pelo direito de existir travada pelas gerações anteriores – e que permanece ativa – permitiu avanços importantes, mas o trânsito em determinados seguimentos da sociedade ainda é muito difícil. O futebol, por exemplo, não era lugar para viado. Agora é, com torcida organizada e tudo, como a LGBTricolor criada por Onã Rudá. “Eu criei a torcida pela obviedade de poder torcer. Eu queria poder viver isso sendo alguém que sou”, dispara Onã. E o pagodão, que sempre cantou hinos heteronormativos, agora ‘swinga’ sobre outras realidades. “Precisamos ocupar muitos lugares na sociedade e não só um”, completa Tertuliana Lustosa, cantora da banda As Travestis e mulher trans. 

Palcos de resistência Antes da organização dos grupos e associações, na década de 80, e estruturação do ativismo como conhecemos hoje, criar espaços de encontros e de visibilidade era a forma de subversão do sistema dominante. Di Paula é, definitivamente, uma figura que teve papel fundamental nesse socioativismo entre as décadas de 60 e 70. 

Nos anos 60, ele começou fazendo pequenos jornais voltados para o público gay, inspirado por experiências semelhantes no Rio de Janeiro. “Eles serviam para diversas notícias que criaram uma rede de comunicabilidade entre essa população. Tinha correio amoroso, noticiários variados sobre cultura homossexual local e de outras capitais e, também, divulgavam locais que a galera estava frequentando. Ele nunca teve um teor político contestatório, mas seu teor contestatório era de questionar o espaço de existência desses corpos”, conta Kleber Simões. Na década seguinte, ganhou notoriedade como um grande estilista e teve até um programa na TV.  Além disso, nos anos 80, ele teve um papel importante como produtor e diretor de espetáculos como Madame Rosa, Plumas, silicones e paetês e TV gay, canal proibido.    Di Paula é teve papel fundamental no socioativismo entre as décadas de 60 e 70 (Foto: Sidney Haack/Arquivo CORREIO) A comédia, ainda na década de 60, era um recurso muito utilizado para trazer representações homossexuais sem que fossem alvo da censura. “Era mais comum que a censura atuasse no sentido de proibir representações de homossexualidades quando estas elaboravam uma narrativa de experiências não heterossexuais com naturalidade, com humanidade, sem utilizar o recurso a linguagem da comédia”, revela o historiador. 

Alvinho Guimarães foi responsável por um episódio de insubordinação que entrou para a história. À revelia da censura federal que havia vetado o texto da peça As Senhoritas, que narrava o encontro de três travestis depois do Carnaval, ele resolveu fazer o espetáculo fechado para a classe artística, em 1968, no Teatro Castro Alves. No entanto, a polícia invadiu o local, agrediu e prendeu as pessoas da peça e da plateia. “Era praticamente impossível retratar a experiência travesti como uma vivência humana válida e assumi-la com o mesmo estatuto de cidadania como as demais experiências. Por isso mesmo, a decisão de Alvinho de encenar a peça contrariando a censura se constitui como uma resistência política”, avalia. 

Já na década de 70, Deolindo Checcucci revolucionou ao trazer para seus espetáculos travestis e, a partir de suas trajetórias de vida, abordar a questão da sexualidade. Travestis que se tornaram figuras públicas como Danielle, Macumba e Marquinhos Rebu diziam que era como se interpretassem a si mesmo nos palcos de Checcucci. “Essas peças na década de 70, antes do ativismo aparecer, se tornaram espaços contestatórios do regime da heteronormatividade ao rasurar o discurso de que somente trajetórias heterossexuais poderiam ganhar visibilidade no teatro, ao tempo que também questionavam o lugar socialmente imposto aos corpos, gênero e experiência não heterossexuais. Importante frisar que foram os artistas e as artes cênicas que abriram espaços para o surgimento do ativismo político e para reclamar o direito destes corpos aparecerem, povoarem e amarem na cidade de Salvador dos anos 1970 e início dos anos 1980”, afirma Kléber Simões.  

A primeira travesti Apesar das poucas informações documentais a respeito de Floripes, sua história ultrapassou o tempo e se transformou em um símbolo de resistência da cidade. É bem verdade que a realidade se misturou ao imaginário popular, e muitos detalhes se perderam pelo caminho. Mas, o que se sabe é que ela, que até então trabalhava em cozinhas de Salvador, em um dado momento entre o final da década de 60 e início da década de 70, resolveu assumir sua identidade de gênero e passou a andar pelo Centro de Salvador reafirmando sua identidade como Floripes. 

“Por onde ela passava era sempre uma festa, havia uma animação. Havia uma gozação e as pessoas gritavam: Floripes, viado! Outras batiam palma, mas nunca eram indiferentes a ela”, narra Adson Brito. De personalidade alegre, Floripes não se refutava em responder com palmas ou com o típico bordão: “só na Bahia!”. “Ela falava que não se ofendia, que ser chamada de viado era um reconhecimento da sua condição”, conta o professor de História.  Floripes era conhecida como a "alegria da cidade" (Foto: Reprodução) Não que sua tolerância fosse ilimitada. Quando o tom da provocação era desrespeitoso, o sorriso dava lugar as vias de fato. “Ela era na dela, mas até um certo ponto. Quando alguém passava do limite, ela mostrava um lado mais violento, mais agressivo”, afirma. Floripes não admitia ser privada de sua existência. Muito menos ter que se esconder pelos cantos da cidade. “É como se ela tivesse passando um recado: eu sou dessa forma e não aceito ficar no cantinho, nos bastidores. Ela queria ser o centro das atenções. Ela ocupou um espaço de negação da invisibilidade. E até certo ponto ela soube administrar todo esse preconceito”, recorda Brito. 

Porém, no dia 3 de julho de 1984, que teria sido como outro qualquer, ela chegou ao Mercado São Miguel, na Baixa dos Sapateiros, e foi ovacionada com palmas como de costume. Mas, uma brincadeira com um biscateiro do mercado desandou em uma briga. De acordo com a memória de quem acompanhou o fato, ela teria mexido na comida do biscateiro – uns dizem que foi um pedaço de acarajé, outros de frango – e ele partiu pra cima dela com socos e pontapés. Ela foi morta com traumatismo craniano. Após a morte, os biscateiro teria dito: “nada contra ele, apenas a alegria dele me incomodava (sic)”. 

O decano do movimento Um bofetão, a troco de nada, em pleno Porto da Barra, deixou o então professor visitante Luiz Mott muito abalado. Isso foi em1979. Ele, que havia chegado a Salvador vindo de São Paulo, estava com um namorado atrás do Farol da Barra, sentado assistindo ao pôr do sol. A agressão veio de um desconhecido que viu os dois juntos no local. Leitor do jornal Lampião da Esquina, publicação voltada pro público homossexual, Mott resolveu escrever um anúncio do periódico: “Bichas baianas, rodem a baiana... tudo bem! Mas deixem de ser alienadas. Vamos fundar um grupo de discussão sobre homossexualidade... me escrevam!”.

Esse foi o pontapé inicial para a criação do Grupo Gay da Bahia (GGB), em dia 29 de fevereiro de 1980. “Era um ano bissexto!”, recorda. Inspirado pelo SOMOS, o primeiro grupo em defesa dos direitos LGBT do país, fundado em 1978, Mott reuniu em seu apartamento 17 pessoas em um sábado à noite. E essa foi a casa do GGB em suas primeiras reuniões. “Depois conseguimos a sede do grupo anarquista, no Relógio de São Pedro, Centro de Salvador. Nós nos reunimos todos os domingos. Dez, quinze, vinte pessoas ou até mais. Tinhamos medo de divulgar publicamente no início. Isso foi em 1980, ainda com muita violência. O regime militar ainda era fortíssimo”, conta Mott. Em uma reunião com mais 16 pessoas, Luiz Mott fundou o Grupo Gay da Bahia em 1980 (Foto: Marina Silva/Arquivo CORREIO) Em 1982, o GGB foi a primeira ONG a iniciar a prevenção do HIV/Aids. Desde então, o grupo se tornou uma referência no movimento LGBTQIA+ no combate à doença. Outra pauta que se tornou a primeira campanha nacional da instituição foi a luta contra o parágrafo 302.0 da Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde (OMS), que considerava o ‘homossexualismo’ como desvio e transtorno sexual. “Conseguimos dezesseis mil assinaturas, assim como o apoio de políticos importantes, que finalmente redundou na principal vitória do Movimento Homossexual até agora”, lembra Mott ao citar que, em 1985, o Conselho Federal de Medicina retirou a homossexualidade da classificação de doenças. Internacionalmente, isso só ocorreu em 1990, com a alteração feita pela OMS.

“Neste sentido, o Brasil se antecedeu em vários anos a essa conquista internacional. Considero importante também a minha participação na inclusão do dispositivo que proíbe a discriminação por orientação sexual em setenta e três leis orgânicas municipais e duas constituições estaduais”, avalia.  Além da sua atuação do grupo – hoje, ele é presidente honorário do GGB –, Mott tem uma contribuição importante com uma vasta produção literária e científica sobre questões LGBTQIA+. Entre suas publicações estão, O Lesbianismo no Brasil (1987), O sexo proibido: gays, virgens e escravos nas garras da Inquisição (1995), Homofobia: a violação dos direitos humanos dos gays, lésbicas e travestis no Brasil (1997) e A Cena Gay de Salvador Em Tempos de Aids (2000). 

Pelo direito de torcer Quando era pequeno, Onã Rudá e os irmãos eram vestidos com as roupas do Bahia pela mãe para ir à churrascaria. Todos uniformizados como uma torcida tricolor. Um pouco mais velho, foi pela primeira vez com o pai à Fonte Nova. “Lembro desse dia como se fosse ontem”, conta. Nasceu ali a sua paixão pelo time baiano. Aos 14, outra paixão mexeu o seu coração: um outro homem. “Foi aí que fui começar a descobrir a minha sexualidade. Então, dos meus 12 aos 15 foi muito tormento”, revela. 

Depois de anos de uma “vida dupla” que o levou a duas tentativas de suicídio, Onã, aos 20, resolveu assumir a sua sexualidade. Ele, que já conhecia o movimento estudantil, resolveu também militar. “Foi quando eu comecei a entender o que era uma pessoa LGBT de origem popular”, diz. E aí ele passou pela Frente LGBT da União da Juventude Socialista, pela direção de comunicação do Núcleo Loreta Valadares, pela direção de Comunicação da União dos Estudantes da Bahia e pela gestão pública em uma secretaria estadual. Escreveu a Lei Teu Nascimento, pune estabelecimentos que discriminarem pessoas da comunidade LGBTQIA+, aprovada em 2019 e sancionada ano passado. Escreveu também a Lei Millena Passos, que se assemelha a lei municipal, mas trata do âmbito estadual e ainda está em tramitação.   Inspirado pelas ações do Bahia, Onã Rudá criou a torcida organizada LGBTricolor (Foto: Acervo pessoal) Toda essa força no campo político ficava pequena em outro gramado. “Eu queria viver a torcida sendo alguém que eu sou. Eu ia com meu companheiro pro estádio, mas a gente tinha medo. Já teve jogos de falarmos: melhor a gente ficar mais de boa. Inclusive, até recentemente”, afirma. Mas, para surpresa do torcedor, o time mudou. Em nova gestão, criou o Núcleo de Ações Afirmativas e iniciou ações de conscientização social. “Foi como se fosse um chamado”, disparou. Foi aqui que o medo se transformou em coragem e o simples desejo de exercer o direito de torcer se tornou o combustível para a criação da primeira torcida organizada LGBT do estado, a LGBTricolor. “É obvio que eu tenho medo. Mas, eu tenho coragem. E a coragem não é a ausência do medo, é agir apesar do medo”, pondera. 

Ele buscou algumas pessoas para apresentar a ideia. Procurou Luciano Venâncio, o presidente da Bamor, a torcida organizada do clube, que recebeu muito bem a ideia. Teve apoio do presidente do clube, Guilherme Bellintani, e criaram até uma camisa com a marca do time e da torcida. “Nunca imaginei que a torcida teria a visibilidade que teve. Eu imaginei que seria uma galera que ia se juntar com a bandeira colorida para torcer. Eu não pensei que a gente ia ter o espaço no Bahia para fazer as coisas que fez e faz, que teria esse diálogo”, avalia. 

O pagodão é o lugar delas Se no axé, as mulheres conseguiram reinar nos holofotes, no pagode baiano, o pagodão, elas só encontravam espaço pra dançar, seja no palco seja na plateia. Mulher com o microfone cantando nos paredões nunca foi fácil de encontrar. Agora, imagine uma mulher trans e uma lésbica? “[O pagode] sempre foi muito frequentado por mulheres, mas elas não tiveram o protagonismo. Muito menos as LGBTs”, diz Tertuliana Lustosa, vocalista da banda As Travestis e mulher trans. A piauiense, criada em Salvador, começou sua carreira musical no funk carioca. Era DJ no Rio, onde morou por cinco anos quando foi cursar o Bacharelado em História da Arte pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. 

Quando retornou a Salvador, já formada, encarou um mercado novo e sem oportunidades. “Não consegui trabalhar com música, nem com a minha profissão, com história da arte. Nem mesmo em mercado, nada que eu mandasse currículo, era chamada”, lembra. Sem espaço no mercado formal, Tertuliana abriu a sua própria vaga: foi vender brigadeiros no Porto da Barra. “Soltei a voz quando comecei a vender os brigadeiros, lá no Porto. E quando soltei a voz foi tão importante”, recorda.    Tertuliana Lustosa canta sobre a realidade travesti em músicas de pagode (Foto: Divulgação) O começo também não foi fácil para a cantora Alana Ramos, que é lésbica. Antes de ganhar o título de Dama do Pagode, ela fez o mesmo caminho traçado por muitas mulheres no pagodão: a dança. “Eu sempre fui dançarina e eu tinha um balé chamado Balé Muleque”, conta. Dançando, ela passou por algumas bandas até chegar na O Pega. “Foi lá que virei cantora e percebi que poderia ir além”, lembra. 

Se não faltou certeza na hora da decisão, faltou apoio. “Só tive apoio de um homem, um homem gay que é um amigo meu. E também de Vinícius Amaral da banda Hashtag. Me levava para todos os shows para eu poder apresentar meu trabalho”, revela. Mas, empresário nenhum abria as portas. “Todos os empresários para quem eu apresentei meu trabalho diziam que não acreditavam em uma banda de mulher”, fala. A resistência só não foi maior porque a Dama do Pagode não se encaixa no estereótipo de lésbica. “Mas, ouvia muita gente falando: que ‘desperdício’”, disparou.  A Dama do Pagode começou como dançarina e não demorou a assumir os microfones (Foto: Divulgação) Tertuliana compõe suas letras e em cada uma imprime traços da sua realidade. “A minha música é a minha cara. E minha cara é trazer a realidade travesti. Mesmo como travesti, vivemos em lugares muito diferentes e por isso, precisamos ocupar muitos lugares na sociedade e não só aquele que esperam da gente, a prostituição”, dispara. Senta em Cima da Prostituta, Murro na Costela do Viado e Goza em Cima do meu C. são algumas das canções que reviram os padrões. “Vejo como uma forma de recriar o pagode através das minhas experiências, e de recriar a presença do LGBT no pagode também”, avalia a cantora. 

A Dama também teve que se enquadrar nas expectativas dos contratantes no começo da carreira. “Meu empresário falava para eu mesclar as músicas. Dizia: ‘não detona os caras tanto. Os contratantes também são homens”. Mas, é ao som de Rainha do Prazer, Xeque-Mate e Tara que ela manda seu recado. 

O caminho não é fácil, mas nunca é pra quem canta um gênero musical periférico, é mulher ou LGBTQIA+. No entanto, Tertuliana e a Dama do Pagode já colhem alguns frutos como a parceria entre Tertuliana e Pablo Vittar em Tímida.  “Eu trago temáticas que eu diria que seriam até arriscadas de se cantar no pagode, porque não são comuns, mas tiveram uma boa repercussão no meio”, avalia a vocalista das Travestis. E o título de Revelação do Carnaval 2020, conquistado pela Dama do Pagode. “Ganhei pela força das vozes das mulheres”, finaliza Alana. 

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