Dólar sobe e atinge patamar dos R$ 4,12 no mercado futuro

Clima é de otimismo com a expectativa de formalização do acordo comercial preliminar entre EUA e China

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  • Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2020 às 10:24

- Atualizado há um ano

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Depois de uma abertura em ligeira baixa, o dólar virou para o positivo e renovou sucessivas máximas, atingindo o patamar dos R$ 4,12 no mercado futuro nesta segunda-feira (13). A valorização já era esperada, uma vez que a tendência internacional é de fortalecimento da moeda americana ante principais rivais e algumas das divisas de países emergentes e exportadores de commodities.

O clima é de otimismo com a expectativa de formalização do acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China e arrefecimento da tensão geopolítica entre americanos e iranianos

Destaque nesta manhã para o boletim Focus, do Banco Central. Segundo o documento, a expectativa de crescimento da economia em 2020 seguiu em 2,30%, contra alta de 2,25% há quatro semanas. Para 2021, o mercado financeiro também manteve a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,50%.

Os economistas consultados pelo Banco Central projetam corte de 0,25 ponto porcentual da Selic em fevereiro deste ano, no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Pelas projeções que fazem parte do Focus, a Selic permaneceria em 4,25% ao ano de fevereiro a outubro de 2020, quando a taxa básica passaria por elevação de 0,25 ponto porcentual, para 4,50% ao ano. O relatório mostrou ainda alteração no cenário para o dólar em 2020. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano foi de R$ 4,09 para R$ 4,04. Para 2021, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 4,00.

Às 9h41, o dólar à vista era negociado a R$ 4,1098, em alta de 0,40%. Na máxima, chegou a ser cotado a R$ 4,1168. No mercado futuro, o contrato de fevereiro tinha a moeda a R$ 4,1155, em alta 0,43%, depois de ter atingido até R$ 4,1215.

Segundo o estrategista Jefferson Laatus, do Grupo Laatus, a depreciação do real nesta manhã mostra-se exagerada, uma vez que não há motivos domésticos para fazer com que a moeda brasileira tenha o pior desempenho entre as emergentes, ao lado do peso chileno.