Dono de bar é morto a tiros depois de discussão por som alto em Castelo Branco

Ele reclamou de barulho e se envolveu em briga; homem voltou e ainda baleou duas mulheres

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  • Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2021 às 12:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O dono de um bar foi morto a tiros em Castelo Branco depois de uma briga por conta de som alto na porta do estabelecimento, na madrugada desta segunda-feira (4). Leneilson Sales de Jesus, 47 anos, foi baleado e morreu perto de casa, na Rua F. A filha dele de 14 anos e uma prima da garota também foram baleadas.

De acordo com a Polícia Militar, uma equipe da 47ª Companhia Independente (CIPM) foi até o local por volta de 1h40, após o relato de tiros. No local, eles foram informados de que uma briga aconteceu por som alto e um acusado atirou em um homem e duas mulheres. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada, mas constatou que Leneilson já estava morto.

A filha dele, que levou cinco tiros, e a prima, baleada na perna, foram socorridas por populares para um hospital na Boca da Mata. A adolescente já teve alta e está com duas balas alojadas no corpo. A prima precisará passar por cirurgia. O suspeito fugiu depois de atirar. A PM fez buscas na região e não o encontrou. 

Familiares de Leneilson contaram à TV Bahia que no local sempre acontece uma festa de partido alto, mas não é permitido som após às 22h. Pouco depois das 23h, um homem chegou e colocou música alta no carro. O comerciante pediu que ele abaixasse o som, respeitando o horário e os idosos da região. A esposa de Leneilson, Carla, diz que o comerciante pediu várias vezes para ele abaixar o som, sem sucesso. O comerciante então tirou uma foto da placa do carro do homem, que não gostou e foi tirar satisfação. Eles começaram a brigar e chegaram a partir para agressões físicas. As pessoas separaram os dois.

Depois de levar um murro, o homem saiu dizendo que iria voltar. "Estava todo mundo na porta de casa, ele chegou com outro carro, carro e roupa diferentes, botando a arma para fora e falando: 'Eu disse que eu ia voltar'. Já foi abrindo a porta do carro e dando diversos disparos", contou uma outra familiar dele à TV Bahia. "Eu estava em um local alto e conseguia ver tudo que estava acontecendo, as pessoas correndo, gente baleada. ele no chão, sangrando muito e o rapaz indo para cima e dando um bocado de tiro, a arma negando, e ele tentando, tentando", contou. "A gente só quer justiça, ele não gostava de nada errado, ai vem uma pessoa dessa e faz isso", lamentou. 

A esposa disse que já estava tudo guardado no bar para encerrar o dia. "Deixo tudo ajeitado para colaborar com meus vizinhos. Quando eu estava varrendo aqui (fora), foi quando ele chegou. Matou um trabalhador, pessoa de bem, ninguém tem nada a dizer da conduta dele, uma pessoa querida, nunca envolvido com nada correto, sempre gostou de ser correto", afirmou. "Até eu que sou esposa me admirei de ver ele dar um murro, 22 anos de casamento e nunca vi meu marido brigando".

Ela lamenta:"Meu filho de 4 anos de idade viu tudo". "Foi meu pai ali, mamãe?", quis saber a criança. Para aliviar, ela disse que não, que o Bahia havia viajado. Agora, depois de passar a noite com a filha no hospital, Carla diz que ainda está tentando processar tudo que aconteceu. "Vou tomar um banho e vou enterrar meu marido".