Drama Entre Irmãs examina detalhes da alma feminina

Dirigido por Breno Silveira, filme se passa no sertão e é protagonizado por Marjorie Estiano e Nanda Costa

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  • Doris Miranda

Publicado em 12 de outubro de 2017 às 06:04

- Atualizado há um ano

Pernambuco, década de 1930. As irmãs Luzia (Nanda Costa) e Emília (Marjorie Estiano) vivem na pequena Taguaritinga do Norte, ao lado da tia Sofia (Cyria Coentro), que lhes ensinou o ofício de costureira. Emília quer sair do sertão de Pernambuco, sonha em se mudar para a cidade grande, descobrir as possibilidades, os encantos da capital.

 Já Luzia, que tem o braço atrofiado por causa de uma queda na meninice, se conformou com a realidade que vive. Cuida da casa, da roça, dos bichos, costura pra fora... Tudo que precisa está ali, ao redor daquele terreiro. Luzia, na verdade, trancou o coração para as expectativas, de maneira geral. Mas, em silêncio, sofre com o medo de perder a irmã, seu único amor.

 E, assim, antecipa a dor da separação partindo ela própria de casa. Luzia segue o bando do cangaceiro Carcará (Júlio Machado) e deixa a irmã desolada. Tempos depois é a vez de Emília. Deslumbrada com a delicadeza do mundo que ela sempre quis para si, casa com um janota e se muda para Recife. “Ela sempre teve a idealização de um amor, muita curiosidade sobre as coisas. Em uma época e um lugar que é tudo previsível quanto ao futuro. Ela queria mais. E foi atrás disso”, diz Marjorie, sobre sua personagem. A questão é que percebeu coisas bem diferentes do que imaginava.

A grosso modo, poderia se dizer que Entre Irmãs, novo filme de Breno Silveira (2 Filhos de Francisco/2005 e Gonzaga: De Pai Pra Filho/2012) é uma história de separação. Mas, não. “É uma história de amor. Eu fiquei muito tocada pelo texto desse filme”, diz Nanda Costa. Um amor familiar de duas pessoas que se complementam nas suas diferenças e, aos olhos do público, personificam a história do Brasil naqueles anos de 1930.

Breno SIlveira considera Entre Irmãs um épico: “Sempre tive esse sonho, de fazer um épico. Eu tive muita sorte de encontrar essa história. Quando fiz os 2 Filhos de Francisco, fiquei procurando outra história assim e achei Gonzaga. Depois, queria outra história que tivesse esse laço afetivo, que provocasse uma emoção contundente e falasse da importância das relações humanas”.

Marjorie completa dizendo que a sociedade nordestina do início do século fala muito mais sobre o Brasil de 2017 do que podemos imaginar: “Estamos vivendo um retrocesso em diversos departamentos, não sei a que se deve essa falta de interesse pelo universo alheio, mas acredito que temos que passar por isso para alcançar uma evolução”.

Horários de exibição:

 UCI Orient Shopping da Bahia 11  16h | 19h20 | 22h30  UCI Orient Shopping Barra 7 (delux)  10h20 (M) | 13h40 | 17h | 20h30  Cinépolis Bela Vista 8  18h30 | 22h10  Cinemark 2  15h (quinta, sábado e domingo) | 18h30 | 22h15  Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha 1  13h30 | 16h40 | 20h  Saladearte Cinema da Ufba  12h05 | 20h  Saladearte Cine Paseo 2  17h (exceto quinta)