Dupla acusada de matar entregador de lanches é presa em Salvador

Lincoln foi encontrado carbonizado em um lixão de São Marcos

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  • Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2020 às 19:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: Eduardo Dias/CORREIO

A polícia prendeu a dupla de criminosos suspeitos de assassinar o entregador de lanches Lincoln Santos Santana, de 22 anos, no bairro de São Marcos, em fevereiro, deste ano. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o homem suspeito de cometer o crime se apresentou nesta quinta-feira (23) e na sede do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), na Pituba, na companhia de um advogado e teve sua prisão preventiva cumprida. Além dele, a mulher suspeita de participar do crime e solicitar que Lincoln fizesse a entrega na sua casa também foi presa. Ela se apresentou no DHPP na última segunda-feira (20). 

O inquérito do caso foi concluído e encaminhado para a Justiça no final de março, com o indiciamento da dupla por crime de latrocínio e mandados de prisão preventiva contra os envolvidos. 

De acordo com o delegado Reinaldo Mangabeira Moreira, que investiga o caso, o crime foi premeditado. “Eles queriam um valor que Lincoln estava guardando no banco para a construção de uma casa, além da motocicleta. Eles levaram R$ 370 e o aparelho celular do entregador”, detalhou.

Um adolescente também suspeito de envolvimento no latrocínio ainda não foi encontrado. A 2ª Delegacia de Homicídios Central (DH/Central), responsável pelas prisões, já encaminhou um pedido de apreensão para a Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude do Ministério Público da Bahia.

Relembre o caso  Lincoln trabalhava como entregador de lanches e desapareceu no dia 24 de fevereiro. O corpo dele foi localizado e identificado três dias depois, em um lixão no bairro de São Marcos, em Salvador.

A família contou que o jovem trabalhava em uma hamburgueria no bairro de Colina Azul e, na noite do crime, saiu para fazer uma entrega e não voltou mais. O pai do entregador, que prefere não ser identificado, disse que a família começou a estranhar a demora e, ao tentar fazer contato com o entregador, outra pessoa respondeu por ele as mensagens via WhatsApp.

“Ele desapareceu por volta das 23h. Alguém estava com o celular dele e respondeu as mensagens que a gente estava mandando, mas sempre por escrito. Não gravou áudio, como meu filho sempre fazia. A mãe pediu para ele atender as ligações, mas a pessoa não atendeu. Foi aí que começamos a desconfiar. O corpo foi encontrado no dia seguinte”, contou.

Em nota, a Polícia Militar informou que policiais da 50ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/ Sete de Abril) foram acionados pelo Central de Comunicações da Polícia após uma denúncia de que havia um corpo do sexo masculino carbonizado no interior de uma lixeira, na rua Carlos Mariguela, em Colinas de Pituaçu, bairro de São Marcos.

A guarnição localizou o corpo, isolou a área e acionou o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para perícia e remoção. Apesar do estado do corpo, os peritos do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues conseguiram fazer a identificação através das digitais.

Lincoln era o terceiro de cinco filhos. Além dos quatro irmãos, deixa mãe e pai. O corpo foi sepultado no município de Candeias, na Região Metropolitana de Salvador.