E agora, Dado? Treinador vive pior momento no comando do Bahia

Tricolor não vence no Brasileirão há seis jogos e se aproximou do Z4

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 16 de agosto de 2021 às 13:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

A vida de Dado Cavalcanti no comando do Bahia não tem sido nada fácil. Desde que assumiu o time principal, em outubro do ano passado, o treinador vive o seu pior momento no Esquadrão. A derrota para o Atlético-GO, por 2x1, na noite de domingo (15), em Pituaçu, impôs ao time o sexto jogo sem vencer no Brasileirão. Foram cinco derrotas e um empate.

O momento contrasta com o que foi o início do Bahia no Campeonato Brasileiro. Impulsionado pela conquista da Copa do Nordeste, o tricolor começou bem a Série A e alcançou o seu melhor desempenho nas dez primeiras rodadas dos pontos corridos ao somar 17 pontos. Mas a boa fase acabou aí: seis rodadas depois, agora tem 18 pontos.

Restando três jogos para o fim do primeiro turno, o desempenho de Dado no Brasileirão é de apenas 37,5%. Em 16 jogos, acumula cinco vitórias, três empates e oito derrotas. No ano passado, por exemplo, quando pegou o Bahia na briga contra o rebaixamento, o aproveitamento do treinador foi de 44,4%.

Para efeito de comparação, o desempenho de Dado Cavalcanti agora é semelhante ao que o seu antecessor, Mano Menezes, conseguiu à frente do clube. Mano deixou o time com 37,2% de aproveitamento na Série A. Foram seis vitórias, um empate e dez derrotas em 17 jogos.

A má fase começa a trazer consequências preocupantes. Antes mirando o pelotão da frente, o Esquadrão viu a distância para zona de rebaixamento cair de nove para três pontos e precisa reverter o cenário para não repetir o drama de 2020, quando só se livrou do risco da queda nas últimas rodadas.

Apesar do momento, Dado diz que tem a confiança interna dos jogadores e acredita que pode fazer o grupo voltar a render. “Acho que temos algo a dar, algo a oferecer, tem jogadores que podem contribuir com a gente e estavam ausentes. Ainda estamos buscando no mercado peças que podem aumentar as opções de escolhas e vamos buscar sair dessa sequência de resultados ruins na Série A”, disse ele.

“Internamente está da mesma forma. Eu tenho a confiança dos jogadores, o ambiente interno é bom. Temos um momento difícil, de incerteza de resultados, mas internamente a relação é muito tranquila”, continuou.

Cobertor curto Por falar em contratações, desde o início do Brasileirão Dado tem batido na tecla da falta de opções quando precisa recorrer ao banco de reservas. Por isso, ele não projeta fazer mudanças radicais para o próximo compromisso, sábado (21), contra o Grêmio, em Porto Alegre. O time terá o retorno do atacante Rossi, que cumpriu suspensão diante do Atlético Goianiense.

“Nós não temos uma condição tão ampla de opções de elenco, de jogadores. Não dá para radicalizar num momento desse. Existe a mágoa, a dor da derrota pela sequência ruim dentro de casa, mas não dá para jogar tudo para o alto e ser radical assim ao extremo, mudar oito, nove peças, até porque a reposição não tem a mesma estruturação que a equipe que vem jogando. Vamos buscar as mudanças para o próximo jogo", explicou o treinador.