E-Agro atrai as estrelas do agronegócio brasileiro

Ministra da Agricultura e presidente da CNA estão entre as presenças confirmadas em evento

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  • Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2020 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Agência Brasil/Arquivo

A ministra da Agricultura do Brasil, Tereza Cristina, e o presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o baiano João Martins, são apenas dois dos grandes nome do setor agrícola nacional que estão confirmados no e-Agro Bahia – Feira de Inovação e Tecnologia Agropecuária, promovido pela  Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) e o Sebrae. O evento vai reunir representantes do governo, entidades representativas, produtores e empreendedores que são referências nos mais diversos segmentos agro. As inscrições estão abertas e podem ser feitas por meio do site www.eagrodigital.com.br.

A abertura do evento acontece na quarta-feira, com a presença das autoridades públicas e representantes do setor no país, mas a programação do evento acontece até sexta-feira. A cerimônia de abertura está prevista para as 19h, seguida de um painel sobre o cenário e as tendências econômicas para a agropecuária, com Fava Neves, considerado um dos grandes consultores econômicos do setor, e Alcides Torres, referência no mercado pecuário. 

Além de participarem da abertura, Tereza Cristina e João Martins retornam na quinta-feira, às 18h30, junto com o presidente da FAEB, Humberto Miranda, para um painel sobre as políticas públicas para o setor no Brasil. 

Entre os palestrantes no decorrer do evento, estão Rodrigo Bonato, diretor de Agricultura de Precisão para a América Latina, da John Deere, e Eduardo Bastos, vice-presidente de Sustentabilidade para a América Latina, da Bayer. 

Além da temática econômica, o encontro terá discussões sobre sustentabilidade e inovação. 

Para o vice-presidente da Faeb, Guilherme Moura, as lives preparatórias do evento são uma mostra da expectativa que existe no mercado pelos conteúdos que serão discutidos entre quarta-feira e sexta-feira. “Nós fazemos essas lives como uma palhinha do que está por vir e sempre tem uma receptividade muito boa”, conta Guilherme. Na última quinta-feira (19), foi promovida uma conversa sobre inovação com representantes de startups que atuam no setor. Dois dias antes, o lançamento oficial da feira foi realizado também através de uma live. 

Nesta quinta-feira, às 17h, será a vez do AgEvolution Talks, um dos grandes espaços para discussão do agronegócio brasileiro, trazer uma prévia do que será o evento. Guilherme é um dos convidados, junto com o editor-chefe da AgEvotution Daniel Azevedo, o coordenador de inovação do Sistema CNA/Senar Matheus da Silva e o diretor de operações da Syngenta Digital Brasil, Gustavo Schaper. “Em um evento virtual, a gente consegue começar a passar o conteúdo antes da realização do evento em si, o que traz desafios, mas é bastante proveitoso para o público”, explica Moura. 

O evento contará também com leilões virtuais de animais e máquinas usadas, stands virtuais das maiores empresas do segmento e ainda rodada de negócios para que o produtor rural possa negociar diretamente com as empresas compra e venda de produtos agropecuários. 

Um dos destaques do evento será o Green Friday, iniciativa que funcionará como uma Black Friday para o produtor rural com ofertas exclusivas de equipamentos, insumos, softwares e sistemas de gestão para o agro. Serão 8 horas de transmissão ao vivo com oportunidades diferenciadas para os participantes da e-Agro Digital.

O e-Agro chega para atender um mercado que se desenvolve continuamente no Brasil, mas que mesmo assim continua sedento por novidades e melhorias. Um percentual de 95% dos produtores rurais brasileiros responderam ter interesse em receber mais informações sobre a agricultura digital, segundo uma pesquisa produzida pelo Sebrae, em junho deste ano. Atualmente, 84,1% já utilizam pelo menos uma tecnologia digital em seu processo produtivo. O principal uso é da internet, para atividades gerais ligadas à produção, com 70% do total, enquanto 57,5% usam aplicativos ou programas de computador para obter ou divulgar informações sobre a propriedade ou a produção. 

O uso dos equipamentos é principalmente para obter informações e planejar a atividade, gestão da propriedade, compra de insumos, planejar o manejo da terra e prever riscos climáticos. Entretanto, os produtores ainda relatam dificuldades na digitalização da atividade. O maior problema está nos custos dos produtos, seguido pela dificuldade de conectividade, apontada por 47,8% dos entrevistados – sem acesso à internet fica mais difícil ser digital. Em terceiro lugar, aparece a falta de conhecimento a respeito das tecnologias.