E aí, Chanel?

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  • Paula Magalhães

Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 18:05

- Atualizado há um ano

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"A natureza lhe dá o rosto que você tem aos 20. A vida talha o rosto que você  tem aos 30. Mas depende de você merecer o rosto dos 50”, já dizia Coco Chanel.

E aos 85, mademoseille? Chegar a essa idade sendo “a melhor caricatura de si mesmo”, cheio de atitude, usando rabo de cavalo, óculos escuros e luvas, não é para todos, não é mesmo?

Você imaginava que aquele que comandaria a sua marca por quase 40 anos, Karl Lagerfeld, seria um dos maiores criadores do século 20?

Uma mente inventiva que não se rendeu ao tempo, conseguindo ressignificar sua marca com maestria, transformando os famosos terninhos em peças tão jovens, capazes de cativar não somente as mães mas também as filhas.

Ele estava, também, à frente da Fendi e da sua marca homônima. Mas não teve jeito. Era na Chanel que o Kaiser (como era conhecido no mundo da moda) se destacava.

E os cenários majestosos, mademoseille? O Grand Palais, em Paris, sendo transformando em uma praia com areia e ondas? Coisa de gênio, né? E o supermercado? Virou palco perfeito para lançar mais uma coleção. Bem nos seus moldes de popularizar a moda, hein?

O fato é que o mundo fashion perde esse gênio criativo numa época na qual ficou muito fácil “copiar e colar”, em que a gente conta nos dedos aqueles que, realmente, fazem diferença.

Eu espero, mademoseille, que a sucessora, Virginie Viard, tenha aprendido a lição com o mestre. Afinal, foram mais de 30 anos trabalhando juntos.

E fica a esperança que vocês possam se encontrar, agora em um novo plano, e discutir se realmente seu legado foi enriquecido pelo kaiser. Porque ele já dizia em vida: “Coco Chanel jamais teria feito o que eu fiz. Ela teria odiado", concorda?,