Edilson Capetinha tem cinco imóveis penhorados por conta de dívidas

Ex-jogador deve mais de R$ 8 milhões em 21 ações trabalhistas

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  • Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2019 às 16:56

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/Arquivo CORREIO

Foto: Marina Silva/Arquivo CORREIO O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5), que abrange a Bahia e Sergipe, determinou o leilão judicial de dois imóveis do ex-jogador Edilson Capetinha. Segundo o portal Uol, outras três residências foram penhoradas para quitar as dívidas do atacante.

Ex-jogador da dupla Ba-Vi, o pentacampeão mundial deve mais de R$ 8 milhões em 21 ações trabalhistas envolvendo suas empresas.

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Com a determinação da Justiça, cinco imóveis ficam bloqueados como garantias de pagamento. Dois desses imóveis têm leilão agendados para o próximo mês de outubro. Caso ninguém se interesse para a compra no leilão inicial, duas novas hastas públicas foram marcadas para dezembro e fevereiro.

Outras três residências do ex-jogador, em Salvador, serão registradas em ofício antes de entrarem em agendamentos de leilões judiciais.

O TRT-5 afirma que movimentações bancárias analisadas mostraram que parentes do ex-jogador tiveram rendimentos financeiros atípicos. Condomínio no Horto Florestal onde Edilson tem um imóvel avaliado em R$ 3 milhões (Foto: Alexandre Lyrio/Arquivo CORREIO) Em 2017, o CORREIO obteve, junto ao TRT, a lista de imóveis de Edilson que estavam penhorados ou estão indisponíveis. Confira a lista:Imóvel no valor de R$ 3 milhões na Rua da Sapucaia, Horto Florestal  Casa em Guarajuba no valor de R$ 1 milhão  Apartamento Duplex na Rua Severo Pessoa, Federação Prédio na Rua Marques de Leão, Barra Casa na Rua Lemos de Brito, Barra Duas casas na Rua Souza Uzel, Federação Apartamento na Rua Augusto Lopes Pontes, Costa Azul Apartamento no Itaigara  Apartamento na Pituba Em 16 de agosto de 2017, Edilson foi preso por policiais civis e levado para a sede da Polinter, no Centro de Salvador, por conta de uma dívida que se arrasta desde 2013 referente ao não pagamento mensal de R$ 8,8 mil em pensão alimentícia para um dos seus filhos, que mora em Brasília. Ao ser preso por quase quatro dias, um deles no Complexo Penitenciário da Mata Escura, notícias sobre uma dívida trabalhista ainda maior vieram à tona.

O CORREIO teve acesso ao relatório do TRT-5, onde foi instaurado um processo de penhora unificada que reúne de 20 a 30 processos trabalhistas contra Edilson, contra empresas em seu nome, como a casa de shows Estação Ed Dez, que funcionava no bairro da Federação, e contra pessoas ligadas a ele. Já naquela época, a maioria dos bens do ex-craque estava bloqueada.

Na lista havia imóveis milionários penhorados ou em processo de penhora, a exemplo de uma mansão no bairro do Horto Florestal avaliada em R$ 3 milhões, e uma casa em Guarajuba, no Litoral Norte, no valor de R$ 1 milhão.  

Além desses, na lista de bens bloqueados, penhorados ou em processo de penhora, tem outros dez imóveis, quatro carros, contas bancárias, ativos financeiros e saldos de cartões de débito e crédito provenientes de vendas de abadás para o bloco Bróder. 

Isso porque, para buscar formas de Edilson pagar as dívidas, o TRT rastreou o seu patrimônio milionário, que estaria, em parte, nas mãos de laranjas. Por isso, o tribunal arrolou no processo unificado não só o atleta, mas um grupo econômico que envolve empresas, sócios e familiares de Edilson, inclusive a sua própria mãe, Maria de Lourdes da Silva Ferreira, a qual tem um carro em seu nome. 

Além de familiares e sócios, na lista de “devedores” também constavam as empresas E&E Eventos, a Ed Cem Editora Musical, a Gooold Soccer Assessoria Esportiva, a Tribrazil Produções Artísticas, a Nos Duas Indústria de Moda e mais duas empresas de intermediação de negócios.

“São pessoas e empresas que eventualmente estejam com o dinheiro que não está na mão dele e está na mão de terceiros. São laranjas, né? Filhos menores com imóveis, por exemplo. Isso indica que ele está tentando dificultar uma penhora”, afirma Rogério Fagundes, diretor do TRT, há exatamente dois anos. 

Na ocasião, o ex-atleta e a família ainda não haviam constituído advogado para os processos trabalhistas. A assessoria de Edilson não foi localizada para comentar a notícia do bloqueio publicada nesta terça pelo Uol.