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Cidade foi a primeira do Nordeste com caso confirmado da doença
Fernanda Santana
Publicado em 7 de março de 2020 às 13:52
- Atualizado há um ano
Nas prateleiras de algumas farmácias de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, não há mais álcool em gel, nem máscaras. “Aumentou demais a procura. A gente repõe e acaba”, disse Denisia Marques, atendente de uma drogaria na Avenida Getúlio Vargas, no Centro. A busca cresceu depois que o primeiro caso de coronavírus na Bahia foi confirmado na cidade, na última sexta-feira (6).
O registro de Covid-19 no estado é o primeiro do Nordeste. A Bahia é o quarto estado com registro da doença. Também há pessoas infectadas em São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro - já são 14 casos no país.
Os itens mais procurados são justamente o álcool gel – aplicado para evitar transmissão do vírus de uma mão para outra, por exemplo –, as máscaras de proteção e vitamina C solúvel. No topo da lista, está o álcool gel, como afirmam funcionários de cinco farmácias da cidade ouvidos pelo CORREIO. Em três das cincos drogarias, o produto não é mais encontrado.
Onde Denisia trabalha, logo depois da divulgação do primeiro caso de coronavírus na cidade em uma mulher de 34 anos, o estoque de álcool gel acabou. Foi preciso pedir à distribuidora que enviasse mais uma caixa. Cada uma tem, em média, 50 unidades.“A procura já estava grande desde a semana passada. Mas, agora, claro, está muito maior”, contou ela.A farmácia teve que, inclusive, reforçar o plantão de final de semana devido à movimentação de clientes. Foram chamadas cinco pessoas para complementar a equipe, formada por outros cinco funcionários. Também no Centro da cidade, a funcionária de outra drogaria disse que não há mais máscara de proteção.“Tá zerado, já até pedimos mais, mas não chegou”, disse Carol Santos.Nas prateleiras, “há pouquíssimas unidades de álcool”, informou. A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) não divulgou balanço atualizado da doença no estado.
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Primeiro caso de Coronavírus na Bahia A paciente com diagnóstico positivo de Coronavírus é uma mulher de 34 anos, moradora de Feira de Santana, que retornou da Itália no dia 25 de fevereiro, depois de passagens por Milão e Roma, onde aconteceu a contaminação.
Ela procurou o Hospital Cárdio Pulmonar, em Salvador, três dias depois de chegar à Bahia, confirmou o infectologista Alan Neves, do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da unidade, ao CORREIO.
A feirense infectada procurou atendimento na unidade de emergência com quadro de febre, dor muscular e dor de garganta. De acordo com o médico, na consulta, a paciente apresentou sintomas leves, sem sinais de gravidade, não tendo indicação de internação hospitalar. Ela foi orientada, recebeu alta para domicílio no mesmo dia e ficará em isolamento até a próxima segunda (9).
Segundo o secretário Fábio Vilas-Boas, “trata-se de um caso importado".
"A paciente contaminou-se na Europa e veio manifestar os sintomas depois de ter chegado ao Brasil. Isso é diferente de haver uma contaminação interna no estado e, portanto, todas as medidas de contenção para garantir que não houve a contaminação de outras pessoas foram e estão sendo tomadas pela vigilância estadual, municipal e Núcleo Regional de Saúde Leste”, afirmou o secretário.