'Ele é um monstro', diz colega de doméstica morta a facadas por neto de patroa

Motorista estava emocionado no velório de Jéssica, no cemitério Campo Santo

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  • Bruno Wendel

Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 15:00

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Foto: Reprodução Visivelmente consternado, o motorista Nivaldo Pereira, 62 anos, desabafou: "Ele é um mau elemento, um bicho. Ele é um monstro”. Nivaldo se refere ao neto da patroa dele, Denilson Israel dos Santos Santana, 29, preso em flagrante por assassinar a facadas a empregada doméstica Jéssica Santiago dos Santos, 29, no domingo (16), no Vale do Canela.

O crime aconteceu na residência onde a vítima trabalhava. Jéssica estava grávida de seis meses e teria sido estuprada antes de ser esfaqueada pelo criminoso.

Nivaldo, colega de Jéssica, estava no final da manhã desta segunda-feira (17) no Cemitério Campo Santo, na Federação, onde a vítima seria enterrada por volta das 15h30. Ele está à frente da organização do velório.“Ele tentou estuprá-la. Na fuga, ele estava de cueca, mas foi pego pela população, que depois começou a surrá-lo. Ele foi salvo graças à polícia”, declarou. Denilson foi levado pela Polícia Militar para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde confessou o crime. Em nota, a Polícia Civil informou que a 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS) autuou em flagrante, por crime de feminicídio, o suspeito.

"O investigado, preso por policiais militares, após ser agredido por populares, confessou o crime. A polícia apura a informação da tentativa de estupro contra a mulher, como motivo do crime", informa a nota. A polícia informou ainda que o homem tem passagem por roubo e já cumpriu um ano e dois meses no Complexo Prisional da Mata Escura.  Um segundo homem, que estava na companhia de Denilson, é procurado pela polícia. 

O motorista disse que Jéssica era uma pessoa querida por todos, principalmente pela avó do criminoso. “Todos gostavam dela. Uma pessoa maravilhosa, sensacional, estava grávida de seis meses e teve a vida interrompida por um elemento daquele. A dona da casa estava no Rio de Janeiro e ia passar o Carnaval lá, mas, diante da tragédia, todos estão voltando. Ela (idosa) está arrasada com tudo isso”, disse Nivaldo. 

Quem também estava consternada no cemitério foi a irmã de Jéssica, a manicure Emily Santos Silva, 28. Segundo ela, no sábado, Jéssica passou o dia todo na casa da mãe, em Pernambués.

A família chegou a pedir para ela não ir para o Vale do Canela, mas a vítima preferiu dormir no local de trabalho, como de costume. “Ela queria voltar porque a dona estava viajando e tinha que tomar conta da casa. Ela fez o correto”, declarou Emily.