Elias Maluco, preso pela morte de Tim Lopes, é achado morto em cela federal no Paraná

Informação foi confirmada ao CORREIO pelo Depen

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  • Hilza Cordeiro

Publicado em 22 de setembro de 2020 às 18:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução/Rede Globo

O preso Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, foi encontrado morto na tarde desta terça-feira (22), na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. A informação foi confirmada ao CORREIO pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Preso desde 2002, Elias foi condenado a 28 anos e seis meses de prisão após ser acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Tim Lopes.

Segundo o órgão, o local foi preservado até a chegada da Polícia Federal, que foi acionada para fazer a perícia. A família do detento foi comunicada pelo Serviço Social da unidade. O Depen informa, ainda, que “preza pelo irrestrito cumprimento da Lei de Execução Penal e que todas as assistências previstas no normativo são garantidas aos privados de liberdade que se encontram custodiados no Sistema Penitenciário Federal”.

A morte do jornalista ganhou repercussão nacional e os detalhes da brutalidade do crime chocaram o país. Tim Lopes sofreu diversas amputações, foi carbonizado e teve seu corpo ocultado num cemitério clandestino. O reconhecimento só foi possível com exame de DNA.

Em 2013,  Elias Maluco ainda foi sentenciado a mais 10 anos, sete meses e 15 dias de prisão, desta vez pelo crime de lavagem de dinheiro. A mulher e a sogra dele também foram condenadas pelo mesmo crime. 

Elias era apontado como membro de uma organização criminosa liderada por Antonio Ilário Ferreira, o Rabicó, do Comando Vermelho. Mesmo dentro do presídio federal, Elias teria exercido funções de liderança no grupo, conforme denúncia do Ministério Público.

Tim Lopes

O assassinato do jornalista ocorreu em 02 de abril de 2002, no município do Rio de Janeiro. Tim Lopes tinha 51 anos quando foi morto, era repórter da Rede Globo e na época fazia reportagem sobre tráfico de drogas e exploração sexual infantil em bailes funk. Elias foi condenado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, métodos cruéis e sem chance de defesa), além de formação de quadrilha e ocultação de cadáver.