Em audiência de custódia, Justiça mantém prisão temporária de Maqueila

Ela é investigada no inquérito que apura morte do empresário Leandro Troesch, um dos donos Pousada Paraíso Perdido

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  • Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2022 às 19:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Após passar por audiência de custódia na tarde desta quarta-feira (13), a Justiça decidiu manter a prisão temporária de Maqueila Bastos, que permanecerá no Presídio Feminino, localizado no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Ela é investigada no inquérito que apura a morte do empresário e ex-detento Leandro Troesch, um dos donos da famosa Pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no Recôncavo Baiano.

O procedimento foi feito no formato virtual e a determinação foi feita por uma juíza da Comarca de Nazaré, responsável pela decretação da prisão dela. Antes de ser transferida para o presídio, Maqueila estava na Delegacia Especial de Repressão a Crimes contra Criança e o Adolescente (Dercca). 

Nomes Após chegar à Bahia, Maqueila - que foi presa em Sergipe - prestou depoimento na quinta-feira (7). Nele, que durou cerca de duas horas, ela respondeu todas as 40 perguntas feitas pelo delegado Rafael Magalhães. Maqueila deu nomes de pessoas, lugares e circunstâncias, mas os detalhes não foram revelados para não comprometer a investigação. 

Maqueila teve o mandado de prisão decretado junto com a amiga, Shirley Silva Figueredo, mulher de Leandro. Em uma foto publicada em um perfil no Instagram, a detenta exibe no braço direito uma aliança dourada contendo a letra "S" e o nome de Shirley tatuado ao lado do desenho de um coração.

Entenda o caso O empresário baiano Leandro Troesch morreu com um tiro na cabeça no dia 25 de fevereiro. Ele era um dos donos da famosa Pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe, no Recôncavo Baiano. De acordo com informações da Polícia Militar, Leandro foi encontrado caído e com o ferimento provocado pelo tiro na própria pousada. 

Acostumado com os holofotes e a vida glamourosa que levava na cidade de Jaguaripe, Leandro foi preso em fevereiro do ano passado, ao lado de Shirley. O casal estava na pousada quando foi surpreendido pela polícia e, na época, a defesa lutava pela soltura, alegando prescrição do crime. Eles foram sentenciados pelos crimes de roubo e extorsão mediante sequestro contra a uma mulher em Salvador. O crime foi cometido em 2001.

Leandro e Shirley viviam uma vida normal, apesar de terem sido condenados em segunda instância pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em 2010 a 14 e 9 anos de prisão, respectivamente, em regime fechado. Os dois estavam foragidos, mas viviam publicando fotos normalmente nas redes sociais. 

Billy, funcionário de Leandro na pousada, foi assassinado a tiros no mesmo dia em que prestaria depoimento sobre a morte do patrão. A vítima foi encontrada morta no dia 6 de março, no distrito de Camassandi, no mesmo município.

O delegado Rafael Magalhães detalhou que a vítima era amigo e considerado o "braço direito" do empresário. Billy chegou a ser ouvido pela polícia após a morte de Leandro, mas seria ouvido mais uma vez no dia 6.