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Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2019 às 18:47
- Atualizado há 2 anos
Uma carta de 25 governadores foi divulgada nesta quinta-feira (6) manifestando apoio à manutenção de servidores de estados, DF e municípios na nova Previdência. O governador da Bahia, Rui Costa, e o do Maranhão, Flávio Dino, foram os únicos que não assinaram o documento. >
A carta falava em sua versão inicial em "repúdio" a uma possível retirada de estados e municípios da proposta de reforma, como alguns deputados defendem. Por conta da expressão, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, tinha se recusado a assinar o documento. Ele assinou a versão final. >
A aplicação dos novos termos da previdência para servidores municipais e estaduais é um dos pontos que tem dividido os deputados. Uma parte deles faz pressão para que isso seja retirado da proposta por conta do destaque político que pode acarretar nos seus estados de origem. Segundo o relator da reforma na comissão especial, Samuel Moreira, a Casa está "bem dividida".>
Caso os estados fiquem fora do texto, os governadores que quiserem terão que aprovar propostas próprias nas assembleias legislativas.>
Para os governadores que assinaram a carta, retirar os estados dificultaria ter uma uniformidade no país. A Previdência está em momento "substancialmente deficitário", e isso é uma das principais causas para a "grave crise fiscal enfrentada pelos entes da federação".>
Leia a nota>
CARTA DE APOIO À MANUTENÇÃO DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS NA ATUAL PROPOSTA DE REFORMA DA PREVIDÊNCIA>
Brasília, 6 de junho de 2019.>
Os Governadores infra-assinados manifestam apoio à manutenção dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na Proposta de Emenda à Constituição que modifica o sistema de Previdência Social, atualmente debatida no Congresso Nacional.>
Como é de conhecimento de todos, o regime de Previdência é substancialmente deficitário, constituindo uma das causas da grave crise fiscal enfrentada pelos Entes da Federação, os quais, frequentemente, não dispõem de recursos para recolher aposentadorias ou honrar a folha de salário de servidores em atividade.>
Caso não sejam adotadas medidas contundentes para a solução do problema, o déficit nos regimes de aposentadoria e pensão dos servidores estaduais, que hoje atinge aproximadamente R$ 100 bilhões por ano, poderá ser quadruplicado até o ano de 2060, conforme estudo da Instituição Fiscal Independente – IFI, do Senado Federal.>
Atribuir aos Governos estaduais e distrital a missão de aprovar mudanças imprescindíveis por meio de legislação própria, a fim de instituir regras já previstas no projeto de reforma que ora tramita no Congresso, não apenas representaria obstáculo à efetivação de normas cada vez mais necessárias, mas também suscitaria preocupações acerca da falta de uniformidade no tocante aos critérios de Previdência a serem observados no território nacional.>
Cabe ressaltar que a uniformização de tratamento, no que concerne ao estabelecimento de regras gerais para a organização e o funcionamento dos regimes próprios de Previdência Social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, é uma realidade que vigora há mais de 20 anos, desde a edição da Lei nº 9.717/1998.>
Destaca-se, ainda, que, desde a primeira reforma da Previdência atinente aos servidores públicos (Emenda Constitucional nº 20, de 1998), o art. 40 da Constituição da República alcança todos os servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sem distinção, representando princípio que se manteve com a aprovação das Emendas Constitucionais nº 41, de 2003, nº 47, de 2005, e nº 70, de 2012.>
Por conseguinte, contamos com o indispensável apoio de nossos deputados e senadores para a manutenção dos Estados e do Distrito Federal na Nova Previdência, a fim de garantir o equilíbrio fiscal e o aumento dos investimentos vitais que promovam a melhoria da vida de nossos concidadãos, evitando o agravamento da crise financeira que já se mostra insustentável.>
IBANEIS ROCHA>
Governador do Distrito Federal>
Coordenador Nacional do Fórum de Governadores>
GLADSON CAMELI>
Governador do Estado do Acre>
RENAN FILHO>
Governador do Estado de Alagoas>
WALDEZ GÓES>
Governador do Estado do Amapá>
WILSON LIMA>
Governador do Estado do Amazonas>
CAMILO SANTANA>
Governador do Estado do Ceará>
RENATO CASAGRANDE>
Governador do Estado do Espírito Santo>
RONALDO CAIADO>
Governador do Estado de Goiás>
MAURO MENDES>
Governador do Estado do Mato Grosso>
REINALDO AZAMBUJA>
Governador do Estado do Mato Grosso do Sul>
ROMEU ZEMA>
Governador do Estado de Minas Gerais>
HELDER BARBALHO>
Governador do Estado do Pará>
JOÃO AZEVÊDO>
Governador do Estado da Paraíba>
RATINHO JÚNIOR>
Governador do Estado do Paraná>
PAULO CÂMARA>
Governador do Estado de Pernambuco>
WELLINGTON DIAS>
Governador do Estado do Piauí>
WILSON WITZEL>
Governador do Estado do Rio de Janeiro>
FÁTIMA BEZERRA>
Governadora do Rio Grande do Norte>
EDUARDO LEITE>
Governador do Estado do Rio Grande do Sul>
CORONEL MARCOS ROCHA>
Governador do Estado de Rondônia>
ANTONIO DENARIUM>
Governador do Estado de Roraima>
CARLOS MOISÉS>
Governador do Estado de Santa Catarina>
JOÃO DORIA>
Governador do Estado de São Paulo>
BELIVALDO CHAGAS>
Governador do Estado de Sergipe>
MAURO CARLESSE>
Governador do Estado do Tocantins>