Em luta contra degola, Bahia tem desafio nos próximos cinco jogos

No primeiro turno, tricolor perdeu os quatro jogos após 'corredor polonês'

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 30 de dezembro de 2020 às 07:07

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

A cada rodada que passa a situação do Bahia no Campeonato Brasileiro fica mais complicada. O tricolor atravessou a sequência dura contra times da parte de cima da tabela da pior forma possível. Faltando ainda um jogo para o fim do 'corredor polonês', o aproveitamento foi de 0%.

O Esquadrão saiu de campo derrotado em todos os seis últimos jogos que fez pelo Brasileirão (RB Bragantino, São Paulo, Ceará, Palmeiras, Flamengo e Internacional) , igualando a sequência negativa que não acontecia desde 1968, quando também perdeu seis partidas consecutivas no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, que na época era equivalente ao Campeonato Brasileiro.

Como reflexo do desempenho ruim, o Bahia queimou a gordurinha que conseguiu fazer e voltou a ficar bem próximo da zona de rebaixamento. O Esquadrão fechou o ano com apenas 28 pontos em 27 jogos e é o atual porteiro do Z4, mas com um agravante. O Vasco, primeiro time na zona da degola, também soma os mesmos 28 pontos e tem um jogo a menos.

Diante desse cenário, a torcida dos tricolores é para que 2021 traga novas energias e recuperação para o clube, mas em campo o time vai ter que fazer bem diferente para conseguir se livrar do pesadelo de ser rebaixado.

Depois da partida contra o Grêmio, marcada para o dia 6 de janeiro, em Porto Alegre, o Bahia, teoricamente, teria uma sequência mais tranquila, contra times que estão mais próximos do tricolor na tabela de classificação. O problema é que no primeiro turno o Esquadrão perdeu todos os cinco jogos que tem pela frente.

Além do Grêmio, na Fonte Nova, o Bahia foi superado por Atlético-GO, Corinthians, Athletico-PR e Sport. A sequência marcou a estreia do técnico Mano Menezes no comando do tricolor. Entre as quedas para Athletico e Sport, o Bahia até conseguiu triunfo sobre o Botafogo, no Rio de Janeiro, mas a partida em questão foi válida pela primeira rodada da Série A. 

Repetir essa mesma campanha na reta final da temporada significaria a confirmação do rebaixamento à Série B do Brasileirão, já que dificilmente o time conseguiria a pontuação necessária para ficar na Série A. Por isso, Dado Cavalcanti e seus comandados sabem que fazer diferente é uma questão de necessidade e sobrevivência.

"Temos que voltar a vencer rapidamente. Voltando a vencer, a gente volta para o campeonato, levanta a autoestima. Mas a gente sabe que o triunfo é uma consequência. Não pode ser apenas causa. O tempo de treinamento vai ser favorável para que a gente consiga fazer ajustes, para que a gente consiga fazer as correções do que aconteceu. Até porque meu ponto de partida é esse. E, a partir daqui, eu pretendo buscar evoluções na nossa equipe. Que a gente consiga buscar o resultado que nos falta", afirmou o comandante tricolor.

Faltando apenas 11 jogos para o fim do Brasileirão, o número mágico buscado pelas equipes que lutam contra a degola é de 45 pontos, o que daria uma margem de segurança para se manter na elite.

Para alcançar a marca, o Bahia precisaria então de cinco vitórias e dois empates. Mas, nos últimos anos, alguns clubes conseguiram se salvar com pontuação abaixo dos 45 pontos. No ano passado, por exemplo, o Ceará foi o 16º com 39 pontos. Já em 2018 o Vasco se livrou com 43. Pelo desempenho apresentado pelos times da parte de baixo da tabela até aqui, a tendência é a de que a linha de corte volte a ficar abaixo de 45 pontos.

Um ponto importante para o tricolor na busca por recuperação dentro do Brasileirão foi a folga que o elenco ganhou no calendário. Como o próximo compromisso será apenas no dia 6 de janeiro, Dado Cavalcanti terá um tempo a mais para tentar implantar as duas ideias de jogo.