Em missa com refugiados e presos, Papa diz que compartilhar bens 'não é comunismo, mas cristianismo'

Missa do 'Domingo da Misericórdia' foi realizada fora do Vaticano e também contou com a presença de profissionais de saúde

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  • Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2021 às 16:27

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação/VaticanoNews

O Papa Francisco deixou o Vaticano neste domingo, data marcada pela celebração do Domingo da Divina Misericórdia. O Papa realizou a celebração na Igreja de Santo Espírito, em Sassia, Santuário da Divina Misericórdia, localizado em Roma, nas proximidades do Vaticano.   A missa teve a presença de presos, refugiados e profissionais da saúde. Durante a celebração, o líder da Igreja Católica falou que os primeiros cristãos não tinham o conceito de propriedade privada, e que, por isso, tudo era compartilhado. "Isso não é comunismo, mas puro cristianismo", afirmou.   O Papa ainda pediu que os cristãos tenham misericórdia com o próximo. Para ele, viver de forma diferente disso seria viver uma fé pela metade. "Não podemos permanecer indiferentes. Não podemos viver uma meia fé, que recebe, mas não dá. Tendo recebido misericórdia, vamos nos tornar misericordiosos", disse Francisco.   A celebração contou com cerca de 80 pessoas por conta das medidas de prevenção ao coronavírus. Os presos eram de dois presídios de Roma e de um centro de detenção de jovens. Já os refugiados eram da Síria, Nigéria e Egito. Além dos profissionais da saúde de um hospital próximo da Igreja de Santo Espírito.   O Papa tem 84 anos e foi vacinado contra o coronavírus no começo de março. Na celebração deste domingo, Francisco é o único que aparece nas imagens sem máscara.