Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Caso, de 2018, foi divulgado em vídeos em redes sociais agora
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2019 às 14:10
- Atualizado há um ano
Um novo caso de tortura em um supermercado de São Paulo foi divulgado nesta sexta-feira (20), depois que um vídeo foi divulgado mostrando seguranças agredindo um homem em uma unidade do Extra na zona sul da cidade.
A vítima aparece nas imagens amordaçada, com as calças abaixadas, e o agressor usa arma de choques e um cano na tortura. Segundo a denúncia, o caso teria ocorrido no Morumbi, no começo de 2018, mas as imagens foram compartilhadas em redes sociais apenas agora, depois que um caso similar aconteceu em outra rede de supermercado - um adolescente que tentou furtar chocolate foi torturado por dois seguranças.
O Extra informou que está realizando uma apuração interna e tomará as medidas necessárias quando esclarecer o caso. O segurança que seria responsável já não faz parte da equipe.
“A rede lamenta profundamente que tal comportamento possa ter ocorrido em uma de suas unidades, uma vez que proíbe o uso de qualquer tipo de violência, por meio de suas políticas internas. Por esse motivo, e a partir das apurações iniciais, decidiu pelo desligamento do responsável pela área de prevenção da loja mencionada. E, ainda, para que esse processo seja conduzido de maneira isenta, a empresa e os seguranças alocados naquela loja foram imediatamente afastados da unidade, até que a investigação interna seja concluída. Acrescenta que, independentemente do resultado da investigação, nada justifica um ato como esse e a empresa tem integral interesse na apuração dos fatos“, diz nota.
Outro caso Na denúncia do mercado da rede Ricoy também havia um vídeo, mostrando o adolescente de 17 anos sendo agredido. Os seguranças envolvidos no caso, David de Oliveira Fernandes e Valdir Bispo, se tornaram réus nesta semana, depois que o Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público. Eles vão responder pelos crimes de tortura, cárcere privado e divulgação de nudez.
Em fevereiro, um homem de 19 anos foi morto por um segurança também do Extra, dessa vez no Rio de Janeiro. O rapaz foi sufocado pelo segurança, que afirmou que o rapaz estava tentando pegar sua arma.
Os seguranças de todos os casos citados são de empresas terceirizadas. Na ocasião da morte em fevereiro, o advogado da empresa afirmou que ela não tem responsabilidade sobre a morte, que não treina os funcionários e que não checa os antecedentes criminais. O segurança Davi Amâncio foi inidiciado por homicídio com dolo eventual.