Emprego em banco pode ser extinto em 2050

Veja outras profissões que vão desaparecer com a revolução digital

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  • Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2018 às 06:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Cinco profissões estão em risco e podem desaparecer em um futuro próximo por causa da revolução digital. Ao menos essa é a conclusão de um estudo realizado pelo Instituto Sapiens a partir de dados estatísticos do Ministério do Trabalho da França. 

De acordo com a pesquisa, em 2050, as agências bancárias, por exemplo, não terão mais funcionários humanos. Entre 1986 e 2016, os empregos em bancos franceses caíram cerca de 40%. O prognóstico para o fim da profissão de bancário prevê a extinção dessa função seis anos antes do fim previsto para os contadores, que devem deixar de existir em 2056, conforme o Instituto Sapiens.

Além dos bancários e dos contadores, caixas de lojas e de supermercados, funcionários de seguradoras, secretárias e agentes de manutenção também sofrerão os impactos das transformações provocadas pela robotização e inteligência artificial. 

Ainda segundo a previsão do Instituto Sapiens, mais de dois milhões de pessoas devem ter as atividades que exercem afetadas pelas alterações no mundo do trabalho provocadas pela revolução 4.0. Mas, para o economista Erwann Tison, diretor do instituto, o objetivo da pesquisa não é assustar e sim conscientizar as pessoas para que tomem as atitudes necessárias no enfrentamento e adaptação às mudanças que estão por vir.

Automação

Inicialmente, os pesquisadores levantaram as profissões que podem ser automatizadas com mais facilidade. Depois, compararam com uma lista das áreas que mais perderam vagas nos últimos anos e, assim, calcularam as projeções seguindo duas hipóteses, uma mais otimista e linear e a outra, pessimista e exponencial.

Embora não queira soar alarmista, o estudo do Instituto Sapiens chama a atenção para o fato de que muitas escolas e universidades ainda não conseguem acompanhar com eficiência a velocidade das mudanças tecnológicas, principalmente nos cursos mais tradicionais.

Em um mundo onde ferramentas dotadas de inteligência artificial conseguem fazer diagnósticos 30 vezes mais precisos que seres humanos, os cursos de medicina, por exemplo, precisam ter matérias que falem de robótica, defende Erwann Tison.

Para o diretor do instituto, o mundo está vivendo uma ‘destruição construtiva’, pois enquanto profissões desaparecem, outras são criadas, pois as mudanças decorrentes da revolução digital estão ainda no começo.

Para o futuro, humanize-se

Criado em 2010 para promover discussões sobre inovação, competitividade, qualificação e sustentabilidade que resultam em um arsenal de boas ideias para o desenvolvimento sustentável do Estado, o Fórum Agenda Bahia chegou à sua nona edição em 2018 e tem na programação do ano dois seminários - Sustentabilidade do Agora, que aconteceu no último dia 8, e Humanize-se, que vai ocorrer em novembro -; e o Desafio de Inovação Acelere[se], que está oferecendo um programa de 12 semanas de mentorias e capacitações especializadas para 8 startups baianas.

Este ano, o tema central que direciona todas as atividades do evento é ‘Para o Futuro, Humanize-se’, que debate justamente a interação entre os humanos e a inteligência artificial, em busca dos melhores caminhos para que as pessoas possam aproveitar o melhor da revolução tecnológica. 

Entre os questionamentos levantados em palestras, debates, painéis e nas oficinas dos seminários do fórum estão desde os impactos da inteligência artificial na sociedade, nas cidades, no mundo do trabalho e no cotidiano das pessoas; até as formas como humanos e máquinas podem se combinam para promover o bem-estar social e o desenvolvimento sustentável. 

O Fórum Agenda Bahia 2018 é uma realização do CORREIO, com patrocínio da Revita e Oi, e apoio institucional da Prefeitura de Salvador, Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Fundação Rockefeller e Rede Bahia.

*Com informações do portal G1