'Empresas que se importarem com dados de clientes vão sair na frente', diz empresário

Lei de Proteção aos Dados foi discutida na Agenda Bahia nesta quinta

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  • Priscila Natividade

Publicado em 3 de outubro de 2019 às 16:42

- Atualizado há um ano

. Crédito: Priscila Natividade/CORREIO

Dados da HP Securit Research apontam que os ataques digitais estão crescendo 350% ao ano. Em um cenário onde as informações pessoais são cada vez mais disputadas pelo mercado, o painel 'Do roubô ao roubo de dados' trouxe a lei de proteção de dados para o centro do debate e os desafios para as empresas que precisam se adaptar a estas novas normas até agosto do ano que vem. A palestra integra a programação do Fórum Agenda Bahia, que acontece hoje (3), no Senai Cimatec, em Piatã.

Participaram do debate Silas Cunha, CEO da Abitat; Ana Carolina Monteiro, sócia da Hackel; Matheus Ladeia, CEO do E-rural e especialista em agtech; e Vicente Vale, Sócio da REP Educa.

Ladeia apresentou o Chico, um robô que funciona como uma espécie de 'siri' para o pecuarista que deseja comprar um boi pela internet. Ao conversar com este potencial comprador, o assistente pessoal coleta informações que ajudam os vendedores do marketplace a serem mais assertivos na venda. "As empresas que se importarem com dados de clientes vão sair na frente. O Chico no final do dia vai colocar no sistema tudo que eu preciso saber para aumentar meu nível de assertividade", destaca Ladeia. 

Os dados também servem de matéria prima para a Hackel, como pontua Ana Carolina Monteiro. A empresa trabalha com o desenvolvimento estratégico de robôs enquanto soluções para as empresas. "Fazemos toda esta estratégia. Agora estamos fechando um contrato para fazer de três a quatro robôs de relacionamento é atendimento de maior porte. Todo robô tem uma missão. Um desses vai responder a tarefas mais simples para desafogar o call center". (Foto: Marina Silva/CORREIO) Startup baiana, a Abitat trouxe para o painel o aplicativo com o propósito de tornar mais eficiente e reduzir custos das edificações. "O Bim combinado com a internet das coisas mais o banco de dados nos permite simular e prevê o comportamento das edificações. Estávamos acostumados a fazer manutenções corretivas, mas o app permite que os imóveis se tornem mais sustentáveis e tornem as manutenções preventivas", explica Silas.

O sócio da Rep Educa Vicente Vale defendeu que o futuro já está acontecendo, sobretudo, no segmento de educação. Seja para transformar a metodologia como também para inserir novas formas de aprendizagem nas escolas. "É aí que entra a proposta do Repórter Educa. Trazer tecnologias que podem ser aplicadas na sala de aula. Os docentes precisam repensar a forma que ensinam".

O Fórum Agenda Bahia 2019 é uma realização do CORREIO, com patrocínio da Sotero Ambiental, apoio institucional da Prefeitura de Salvador, Federação das Indústrias da Bahia (Fieb) e Rede Bahia e apoio da Braskem e DD Education.  (Foto: Marina Silva/CORREIO)