Empresas se comprometem com a economia circular

Companhias como Electrolux, Gerdau, Tomra e Nespresso formalizam o compromisso com uma transição em seus modelos de produção

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  • Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2022 às 15:50

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Quatorze empresas se comprometeram com o Manifesto para a Transição Circular, elaborado pelo Hub de Economia Circular Brasil (Hub-EC) – o primeiro da América Latina a reunir empresas de diversos setores e tamanhos para a construção de negócios circulares. O documento formaliza o comprometimento com um novo equilíbrio econômico. 

O manifesto, que foi materializado a partir do aprendizado dos dois primeiros anos do Hub-EC, foi assinado por Electrolux, Gerdau, Covestro, Nespresso, Tomra, Plastiweber, RCRambiental, Wise, Sinctronics/Flex/Fit, Rhein Advogados, IPT, SENAI CETIQT, CEBRI e CEMPRE. A assinatura reforça o engajamento das empresas-membro com a visão sistêmica, a troca de conhecimento e a co-criação de soluções circulares, apostando no modelo de colaboração para transformar o mindset de negócios. 

O texto destaca a transição circular não como uma opção, mas um elemento-chave para a sobrevivência e competitividade de negócios, tratando-se de uma agenda estratégica para trabalhar junto a fornecedores, parceiros, clientes e órgãos reguladores. A partir dessa sinergia, é possível determinar ações em larga escala e estabelecer novas relações comerciais. 

A diretora do Hub-EC, Beatriz Luz, aponta que o Manifesto para Transição Circular está aberto para outros signatários, atores que reconhecem a importância da transição para a regeneração do meio ambiente e um futuro de baixo carbono. “É muito gratificante acompanhar o aprendizado das empresas-membro, que resulta da criação de uma inteligência coletiva única, capaz de demonstrar que ações isoladas não são o suficiente. Toda a cadeia tem que trabalhar junta, é uma tendência global de ecossistemas de impacto”, destaca. 

Ela explica ainda que o manifesto foi pensado e criado como uma ferramenta para educar o mercado, as diversas áreas do negócio e engajar a cadeia de valor. “Queremos que outras empresas, instituições e órgãos públicos assumam o compromisso de colocar a economia circular em suas principais prioridades e metas, chancelando o documento e trabalhando junto a outros atores para capacitar cada vez mais pessoas e viabilizar projetos em escala”, completa Beatriz Luz. 

Entre os pontos abordados no manifesto, está a necessidade de enxergar a economia circular não como um ativo de marketing, mas como uma prioridade entre as discussões internas das empresas, do chão de fábrica à presidência, para o redesenho de processos. Além disso, reitera que a definição de lucro e de geração de valor se dá, agora, por uma nova régua econômica, que inclui as fases de design, seleção de matérias-primas, uso e pós-uso de um produto.

O documento do Hub-EC defende, ainda, a economia circular como parte de uma agenda estratégica nacional para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), e para o combate às mudanças climáticas.