Energia e poluição

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  • Hugo Brito

Publicado em 6 de maio de 2022 às 06:52

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A demanda por eletricidade cresce exponencialmente e com ela cresce também a destruição da natureza, causada pela geração de energia. Para transformar carvão ou petróleo em eletricidade, por exemplo, geramos poluição do ar. Uma forma dita mais limpa de gerar eletricidade, a que usa Hidrelétricas, embora não polua o ar é responsável por inundar grandes áreas de florestas, quando da formação dos lagos necessários para rodar as turbinas. Outra forma também chamada de limpa, a energia nuclear, realmente não traz impacto na atmosfera mas carrega o ônus de gerar um lixo altamente nocivo e que precisa ser armazenado quase que infinitamente. Se formos para a última milha da geração limpa de energia chegamos aos sistemas que usam o vento para girar as turbinas eólicas e o sol, usado para alimentar painéis que transformam luz em eletricidade. Mesmo mais limpos, esses sistemas que precisam armazenar o excedente em baterias, para quando não há vento ou luz solar, geram nas baterias velhas lixo tecnológico.Fazer a energia chegar até os consumidores também impacta a natureza, pela necessidade de serem construídas linhas de transmissão cortando os países de fora a fora. E é justamente um estudo voltado para uma nova forma de transmitir energia que, trocadilhos à parte, acende uma luz no fim do túnel para um caminho diferente.

Eletricidade sem fio Este tipo de forma de transmitir eletricidade é estudado a décadas e, em um experimento recente, um grupo de pesquisadores das forças armadas norte-americanas conseguiu transmitir 1 kilowatt de energia por 1 quilômetro, através de microondas. Há algum tempo eles tiverem sucesso enviando energia por feixes de laser, mas o problema foi que, como foi necessária a utilização de laser de alta potência, havia sérios riscos de que uma pessoa ou animal pudesse ser acidentalmente ferido, o que obrigou o sistema a ser equipado com sensores que desligavam tudo ao sentir a aproximação de serres vivos. Essa exigência trouxe o inconveniente de interrupções constantes no fornecimento, efeito que inviabilizou o processo. A solução usando microondas de uma frequência inofensiva aos seres vivos, 10 GHz, provou que existe um caminho interessante a ser percorrido. A idéia é evoluir para sistemas híbridos onde, por exemplo, satélites equipados com painéis solares captem no espaço a energia da luz do sol 24 h por dia, enviando-a por microondas para a terra, talvez direto para as antenas dos consumidores ou para antenas maiores conectadas a sistemas de retransmissão por fios ou até, quem sabe, para arranjos de distribuição com antenas menores, em um ciclo livre de baterias e sem gerar lixo ou maiores impactos ao meio ambiente. Os cientistas mostraram-se animados com o experimento e em breve seguramente teremos novidades, pena que a maior parte delas vindas, como sempre, de fora do nosso país que não investe de forma estratégica em ciência e acaba, no final, comprando caro tecnologias que poderiam ter sido desenvolvidas por aqui.

Metaverso e displays O tão falado metaverso promete uma experiência de imersão, mas esbarra em um ponto crucial para efetivamente pegar que é como gerar essa imersão, usando hardwares não orgânicos, como os enormes óculos de Realidade Virtual ou gadgets com realidade aumentada. Por conta disso as gigantes de tecnologia estão em uma busca constante para vencer essa barreira. O Google, por exemplo, acaba de comprar uma startup que cria microLEDs de alta definição, movimento que soma-se a outra aquisição recente, a de uma empresa de fabricação de óculos para realidade aumentada. O Google também implementou equipes focadas em estudar e desenvolver soluções de realidade aumentada. Do lado da Meta, de Mark Zuckerberg, a corrida pelo desenvolvimento de equipamentos para promover essa tão almejada imersão orgânica tem prazos. A primeira versão de óculos da Meta deve sair em 2024 e a busca é de um modelo revolucionário até 2028. Pelas terras da maçã, que apresentou seu primeiro kit de desenvolvimento para realidade aumentada em 2017, o barulho é menor em relação a gadgets como óculos, mas conhecendo a forma como a Apple trabalha, e vendo-se o seu kit de realidade aumentada chegando na quinta versão, é óbvio que lá dentro a corrida não deve ser nada menor do que nas concorrentes, na busca incessante de uma solução palatável de conexão com o Metaverso, tornando-o então um produto viável.