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Energias renováveis, empregos e hidrogênio verde

  • Foto do(a) author(a) Eduardo Athayde
  • Eduardo Athayde

Publicado em 23 de setembro de 2022 às 12:09

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

(Foto: Reprodução) Energias renováveis, empregos e hidrogênio verde

O relatório "Energia Renovável e Empregos 2022", publicado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) em colaboração com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), destaca desenvolvimentos regionais e nacionais, incluindo países do Sudeste Asiático que estão se tornando grandes centros de fabricação solar fotovoltaica (PV) e de biocombustíveis.

O número de empregos mundiais no setor de energia renovável atingiu 12,7 milhões no ano passado, um salto de 700.000 novos empregos em um ano. Quase dois terços de todos os empregos estão na Ásia e a China representou 42% do total global. Maior fabricante e instalador de painéis solares fotovoltaicos, a China está criando um número crescente de empregos em eólicas offshore, seguida pela União Europeia e pelo Brasil, com 10% cada. O relatório também mostra que a energia solar foi o setor que mais cresceu.

Ainda dependente de painéis importados, a Índia adicionou mais de 10 gigawatts de energia solar fotovoltaica, gerando muitos empregos em instalação. "Encorajo governos, organizações de trabalhadores emempregadores a permanecerem firmemente comprometidos com uma transição energética sustentável, que é indispensável para o futuro do trabalho", reforça Guy Ryder, diretor-geral da OIT.

Diretor-Geral da IRENA, Francesco La Camera, ressalta: "diante de inúmeros desafios, os empregos em energia renovável permanecem resilientes e provaram ser um motor confiável de criação de empregos". "Meu conselho para os governos de todo o mundo é buscar políticas industriais que incentivem a expansão de empregos renováveis em casa", acrescenta.

Acompanhada pelo WWI, a IRENA é a principal agência intergovernamental para transformação energética global que apoia os países em sua transição para um futuro energético sustentável. Servindo como principal plataforma de cooperação internacional, é um centro de excelência e repositório de políticas, tecnologias, recursos e conhecimento financeiro sobre renováveis, onde a Governança Socioeconômica e Ambiental (ESG) - destaco socioeconômica como fidúcia para a sustentabilidade - é a energia renovável da gestão.

Em outro relatório, "Hidrogênio Verde 2022" [bit.do/IRENA-GHydrogen2022], a IRENA aborda desafios e soluções políticas, destacando opções disponíveis como precificação de carbono e medidas de criação de mercado, incluindo exemplos de diferentes países, com recomendações para formulação de políticas de implantação.

No Brasil, que já dispõe de 150 GW de energias solar e eólica instalados (Itaipu,14 GW), e potencial de mais 750 GW offshore, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou o estudo "Hidrogênio Sustentável: Perspectivas e Potencial para a Indústria Brasileira", apontando caminhos para o hidrogênio renovável como nova fronteira energética, com investimentos previstos de cerca de US$ 500 bilhões até 2030. Desde 2021 foram anunciados 131 novos projetos de larga escala em hidrogênio verde. Somente em 2022, mais de 30 países lançaram planos nacionais nessa área.

Usado em refinarias, indústria química e siderurgia, o setor industrial é o principal consumidor de hidrogênio verde com 87,1 milhões de toneladas de hidrogênio consumidas em 2020. Avançando na inovação disruptiva, cientistas australianos desenvolveram um novo processo para armazenar e transportar hidrogênio em pó, com base na mecanoquímica, capturando o hidrogênio por meio de forças mecânicas para transportar e armazenar grandes quantidades de gás com segurança, utilizando uma pequena fração de energia e gerando zero desperdício - mudando o cenário do mercado.

Com a implantação da fábrica da Unigel em Camaçari, a Bahia, que lidera a geração de energia solar e eólica no país, entra no mapa global do hidrogênio verde, tendo o Senai/Cimatec - já operando em metaverso - como um dos maiores centros de pesquisa da área no país. “O momento apresenta grandes oportunidades para o Brasil na cadeia de suprimento global”, ressaltou Ricardo Alban, presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB) que, com inteligência nova, abraçou a sustentabilidade de resultados como nova forma de fazer negócios e foi eleito presidente da CNI.

Eduardo Athayde é diretor do WWI. [email protected]