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Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2022 às 05:00
- Atualizado há um ano
No contexto mercadológico, social e cultural em que vivemos, saber falar inglês não é mais um diferencial. É fundamental para ampliar as perspectivas tanto pessoais quanto profissionais dos nossos jovens. Tendo como ponto de partida a implementação do Novo Ensino Médio, que passou a ser obrigatório este ano nas escolas, o ensino de inglês se direciona para um novo conceito pedagógico, integrando o desenvolvimento linguístico aos conteúdos curriculares. No futuro, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai refletir essas mudanças e promete trazer uma prova mais analítica, especialmente a partir de 2024, quando finaliza o prazo da implantação do Novo Ensino Médio.
O inglês foi o idioma priorizado na reforma do Ensino Médio e, devido à sua relevância social, econômica e cultural, precisa ser parte do dia a dia da escola. Afinal, esta é a língua que media as práticas de linguagem moderna e seu conhecimento dá acesso aos vários saberes ascendentes em todo canto global.
No cotidiano escolar, isso representa que o ensino de outras disciplinas, como geografia, matemática, ciências e demais componentes curriculares, ganham agilidade se integradas à aprendizagem da língua. Usando um exemplo prático, no ensino das reações químicas, se o estudante vai aprender como é feita a produção do diesel, ele vai ouvir a reportagem em inglês, explicando como se dá esta reação. Dessa maneira, vai aprender inglês dentro de um outro componente curricular, através da língua. Isso quer dizer que o estudante irá usar o inglês para ler um texto científico, uma reportagem, analisar um gráfico e, assim, unir a leitura crítica ao conhecimento, aprendendo a língua de uma nova maneira.
Essa é uma tendência no ensino bilíngue, e, para preparar esse estudante que precisa do inglês como uma língua global para acessar outros conhecimentos, é importante que estejamos focados no Ensino Médio também, mas é essencial que esse contexto já seja inserido nas escolas na educação infantil e fundamental.
O primeiro passo para um bom ensino é a clareza das entregas pedagógicas possíveis e traçar um plano com metas e objetivos linguísticos. O segundo, professores que tenham muita clareza de como trabalhar esses novos métodos de integração curricular, com proficiência real no inglês, boa leitura e fala.
Por fim, a tecnologia traz elementos muito favoráveis, como vídeos, realidade aumentada, objetos digitais, podcast e outras gravações de áudio, que podem ser agregados. Na rotina do estudante, ele tem contato com séries, games e aplicativos que podem facilitar o aprendizado. Então, é fazer uma boa abordagem pedagógica, com um bom material e bastante atividade desenvolvida para esta integração curricular, que nada mais é do que trazer o conteúdo de uma disciplina para a outra de forma muito bem pensada.
Daniela Marques é doutora em Estudos Linguísticos e coordenadora de projetos e inovação de produto do grupo Bernoulli Educação