Entrelinhas: uma análise das notícias e assuntos que marcaram a semana

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  • Divo Araújo

Publicado em 28 de abril de 2019 às 04:00

- Atualizado há um ano

Vitória na Previdência Após muito bate cabeça na articulação política, recados de parlamentares e obstrução ferrenha da oposição, o governo de Jair Bolsonaro conseguiu uma vitória maiúscula com a aprovação da Reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Não tanto pelo placar obtido na admissibilidade do projeto de emenda constitucional - 48 votos a 18. E mais pelo fato dos quatro pontos cedidos pelo Planalto para garantir a aprovação da reforma não retirarem nem um centavo sequer da economia prevista para os próximos 10 anos -  que, aliás, subiu de R$ 1,072 trilhão para R$ 1,236 trilhão.

Com a retirada dos pontos, o aposentado que voltar ao mercado de trabalho e for demitido sem justa causa continuará tendo direito  ao FTGS e à multa de 40% do total do fundo. Além disso, seguirá sendo de 75 anos a idade para a aposentadoria compulsória de ministros de tribunais superiores e servidores públicos da União, estados e municípios. 

O governo também não terá responsabilidade exclusiva para alterar as regras para a aposentadoria, assim como Brasília não será o único foro para  ações na Justiça sobre questões previdenciária, como previam os pontos retirados. 

Ou seja, são questões que não alteram em nada as contas da União. E dá margem para o Planalto negociar na comissão especial criada na Câmara para analisar o mérito da reforma. O presidente Jair Bolsonaro já avisou que o ministro Paulo Guedes aceita até o limite de R$ 800 bilhões em economia com a Previdência.

Um encontro ‘muito bom’ O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve ter ficado (ainda mais) vermelho de raiva com a sintonia demonstrada na reunião entre o  presidente russo, Vladimir Putin, e o ditador norte-coreano,  Kim Jong-un, em  Vladivostok.  Dois meses após o fracasso do segundo encontro com Trump, em Hanói, Kim disse que teve um “momento muito bom” com Putin. Foto: Alexander Zemlianichenko /AFP Alvo íntimo O prêmio ‘cabeça de gelo’ desta semana vai para o general Hamilton Mourão. O vice-presidente aguentou, impassível, os sucessivos petardos desferidos pelo clã Bolsonaro. A artilharia começou já no domingo com um vídeo postado no canal do YouTube de Jair Bolsonaro com ataques do guru Olavo de Carvalho ao militar- vídeo  depois deletado.  Na terça, Carlos Bolsonaro, o filho 02, reclamou de Mourão por não ter sido solidário ao pai quando ele estava internado após a facada. No dia seguinte, Carluxo voltou ao ataque: “Estranhíssimo seu alinhamento com políticos que detestam o presidente”. Eduardo Bolsonaro, o 03, reforçou as críticas: “O que tem causado bastante ruído são as sucessivas declarações do vice”. Mas, na quinta, tudo acabou bem, no melhor estilo casal reconciliado, como explicou o presidente: “A gente continua dormindo junto. O problema é quem vai lavar a louça no final do dia”. Vamos aguardar para ver quanto dura esta união.

Hora da verdade O  Bahia tem hoje em seu comando o técnico Roger Machado, mas ainda parece aquele treinado por Enderson Moreira. Num dia faz um jogo de encher os olhos, em outro faz o torcedor sofrer. Hoje, contra o Corinthians, na Fonte Nova, vamos ver a impressão que o time de Roger deixará: se   fará um  Campeonato Brasileiro ‘sem sustos’, como afirmou o presidente do clube, Guilherme Bellintani, ou se terá um fim de ano de agonia, fazendo conta para não ser rebaixado. Regra de sobrevivência Para as estatísticas da violência na Bahia pode ser até irrelevante, mas as duas tentativas de latrocínio ocorridas nos últimos dias, em Salvador, fazem a gente pensar. Na terça, um morador do Canela foi baleado no rosto, enquanto esperava um ônibus. “Me assustei”, alegou o assaltante, preso um dia depois. Na quinta, por volta das 15h30,  em outro assalto, um cidadão tomou um tiro na testa, próximo à Coelba, em Narandiba. A regra é velha, mas sempre é bom lembrar: nunca,  jamais, sob hipótese alguma, se deve reagir a um assalto. Não há celular de última geração que valha uma bala na cabeça. Nuvem na aviação Quem precisou sair de Salvador de avião, nos últimos dias, tomou um susto com o preço das passagens. Devido ao cancelamento dos voos da Avianca, o valor da tarifa para alguns destinos, como Rio e São Paulo, chegou a custar mais do que o dobro do preço cobrado antes da crise da companhia aérea. “É a regra simples da oferta e da procura”, explicou o vice-presidente da Abav, Jorge Pinto. E é mesmo: sem os voos da Avianca, a expectativa é que o aeroporto de Salvador volte a operar com sete milhões de passageiros ao ano, cenário que não era visto desde 2009. É esperar a nuvem passar.