'Era brincalhona', dizem vizinhos de grávida morta na Federação

Corpo de Bruna Fernandes foi sepultado na tarde desta quarta em Brotas

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  • Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2018 às 19:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Almiro Lopes/CORREIO

Enterro de Bruna aconteceu nesta quarta-feira no Cemitério de Brotas (Foto: Almiro Lopes/CORREIO) Em meio à tristeza pela perda, familiares e amigos de Bruna Fernandes Silva de Jesus, 24 anos, morta a tiros próxima a própria casa, na Federação, conseguiram achar um espaço para bons sentimentos. Eles se reuniram na tarde desta quarta-feira (11) no Cemitério Municipal de Brotas para sepultá-la, mas também para recordar os bons momentos. "Lembro quando ela passava, eu sempre falava: Bruninha, Bruninha...tem que ser forte, é vontade de Deus", comentava uma vizinha com outras amigas.

O pai de Bruna, o pintor Robson Luís da Conceição de Jesus, 59, chegou pontualmente às 15h ao local, carregando rosas brancas nas mãos e em silêncio. Foi logo ao encontro do corpo da filha, onde outros familiares e amigos da vítima já o aguardavam. Sem dizer nada, chorou e abraçou os presentes. Em um canto do espaço, algumas senhoras comentavam sobre o comportamento de Bruna. "Ela era brincalhona. Tinha amizade com todo mundo, adulto e criança. Sempre falava: 'Tá me gastando, é? E não levava nada a sério!", lembrou uma amiga da família.

A família de Bruna não falou com a imprensa durante o seputamento. O pai dela, Robson, ainda tem outro sepultamento para cuidar. É que Bruna estava grávida, mas a família não sabia - também desconhece quem seja o pai da criança. O bebê também não resistiu. De acordo com uma vizinha da família, o sepultamento da criança será realizado no sábado (14), às 14h, no mesmo cemitério.

O crime Bruna foi baleada no tórax, testa, abdomên e outras partes do corpo por dois homens em uma moto na noite do último sábado (7), quando saía de casa, na Federação.

A gravidez da vítima foi uma surpresa para a família, já que Bruna era assumidamente homossexual. A autoria e motivação do crime vão ser investigados pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).